Este trabalho apresenta o relato de uma experiência de apoio institucional vivenciada junto ao Distrito Sanitário Sul, no município de Natal/RN, no período de abril de 2012 a dezembro de 2014. Inicialmente, foram convidados gestores (diretores e administradores) dos serviços que compõem a rede do Distrito Sanitário Sul, e três técnicos de nível médio ou superior que tivessem afinidade com a temática da humanização dos serviços. A partir do Método da Roda, e tomando a Política Nacional de Humanização e a Educação Permanente como referência, buscou-se oferecer espaços de reflexão sobre as práticas de atenção e de gestão e sobre o modo de operar junto às equipes dos diversos serviços considerando as especificidades e singularidades de cada serviço e de cada ator envolvido no processo. Foram formadas duplas de apoiadoras e, seguindo uma priorização feita pela equipe do distrito, selecionaram-se seis serviços (entre dez) que receberiam, inicialmente, a oferta do apoio institucional. Partiu-se do pressuposto de que a presença do apoiador facilitaria os processos comunicativos (mediação), assim como contribuiria para ampliar a capacidade de análise dos sujeitos sobre sua realidade e seu potencial de intervenção nela. Considerando a dinâmica da realidade, tem sido um processo de idas e vindas, onde a roda cresceu e diminuiu em certas conjunturas, mas que tem se mantido, tendo alcançado alguns resultados importantes: A realização da I Mostra de Saúde do Distrito Sanitário Sul; a realização de diversas rodas locais em serviços de atenção básica, como: Nova Descoberta, Pirangi, Ponta Negra; e em serviços especializados: Policlínica Sul e Unidade Mista Cidade Satélite. Nesses serviços, as rodas funcionaram como espaço de escuta, de acolhimento do servidor e do gestor local, de construção e de fortalecimento de uma grupalidade, inclusive entre a equipe do próprio distrito; mas também como espaço de produção de reflexões sobre os processos de trabalho e de reelaboração de rotinas, de acompanhamento do plano operativo de cada um e de avaliação do trabalho. Os desafios que se colocam atualmente são a garantia de sustentabilidade do processo; a retomada das rodas locais, capilarizando o apoio e contribuindo para construir uma nova cultura de cuidado em saúde, pautada na centralidade dos sujeitos e na construção coletiva do SUS.