Última alteração: 2015-10-29
Resumo
Diversas são as iniciativas que deram base para os cuidados em atenção à saúde da criança, a partir da formalização dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). A Estratégia de Saúde da Família (ESF) vem fortalecer essa atenção, reorganizando o processo de trabalho e práticas profissionais que impactam nos indicadores de acesso e qualidade do cuidado. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o cuidado à saúde da criança na Atenção Básica no Estado do Rio Grande do Norte, analisando o acesso e a qualidade da atenção, a partir dos dados do primeiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ/AB). Trata-se de um estudo avaliativo, descritivo transversal, com abordagem quantitativa, realizada com dados secundários do PMAQ/AB, do primeiro ciclo do programa, no ano de 2011, com as variáveis da área de saúde da criança. O universo desta pesquisa são os profissionais de saúde das UBS que fizeram parte da avaliação externa do PMAQ/AB dos municípios. Foi realizada análise dos dados quantitativamente através do Statistical Package for Social Sciences (SPSS®) na versão 22.0. Como resultados, a análise, teve, em sua maioria, respostas satisfatórias, tais como: 98,8% das equipe realizavam consulta de puericultura nas crianças de até dois anos; As equipes realizam busca ativa de maneira satisfatória das seguintes classes: crianças prematuras (87,2%), com baixo peso (91,4%), com consulta de puericultura atrasada (88%), com calendário vacinal atrasado (94,8%); 98,5% utiliza a caderneta de saúde da criança para o acompanhamento; 82,1% tem espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade; existe também um acompanhamento às crianças no território de: 96,3% em relação à vacinação em dia, 97,1% para consultas de crescimento e desenvolvimento, 92,6% para o estado nutricional, 84,5% para a realização do teste do pezinho e por fim e surpreendentemente, um baixo índice para abordagens em relação à violência familiar, com apenas 32,4% e acidentes com 33,9%. Assim, se a Política de Atenção Integral de Saúde da Criança tem propósitos voltados para a integralidade das ações, com foco na redução da mortalidade infantil e melhoria da qualidade de vida, nada mais importante que, avaliar como estão sendo realizadas essas ações em nosso campo de atuação, para poder agir e atuar nelas da melhor forma possível.