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As mudanças no perfil demográfico do mundo, diminuição das taxas de natalidade e mortalidade, corrobora com o aumento da população idosa¹. Isso torna necessário a promoção do envelhecimento ativo e da qualidade de vida². Nesse intuito objetivou-se traçar o perfil de idosos vinculados a duas Estratégias de Saúde da Família (ESF) no Rio Grande do Norte (RN). Estudo descritivo, quantitativo, comparativo e transversal, realizado nas ESF de Igapó em Natal/RN e do DNER em Santa Cruz/RN. A amostra foi de 24 idosos, sendo 11 de Santa Cruz e 13 de Natal. Os critérios de inclusão foram: ter 60 anos ou mais³, ser participante ativo dos grupos de idosos e ter condições cognitivas para responder o instrumento. A coleta de dados realizou-se através de um questionário sociodemográfico, com perguntas fechadas. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS e apresentados de forma descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Onofre Lopes sob CAAE: 21996313.7.0000.5537. Foi solicitado aos participantes a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Constatou-se que 45,8% dos participantes eram do município de Santa Cruz e 54,2% de Natal. Observou-se em ambas as unidades a predominância do sexo feminino (91,7%), solteiros, separados ou viúvos (62,5%), renda de até três salários mínimos (83,3%), baixa escolaridade (87,5%) e que não apresentavam trabalho ou atividade (70,8%). Ressalta-se que em Santa cruz não houve participação de homem (0,0%) e em Natal apenas dois (8,3%). No que se refere a renda, em Santa Cruz ninguém recebia mais de três salários (0,0%), enquanto em Natal quatro pessoas recebiam (16,7%). A faixa etária em Santa Cruz foi na maioria entre 61 a 71 anos e em Natal a maior parte estava entre 72 e 84 anos, porém se considerar o total da amostra, encontra-se igualdade nas faixas etárias (50%). Verificou-se que as duas cidades apresentavam semelhança quanto ao sexo, estado civil, renda, escolaridade e ocupação e diferença na faixa etária, porém sem significância. Em estudos comparativos não ter significância é um fator positivo, visto que mostra a homogeneidade dos grupos. Descrever o perfil de populações é necessário para que saibamos com quem estamos trabalhando, para que assim possamos intervir de maneira eficiente.

Saúde do Idoso; Atenção Primária a Saúde; Enfermagem