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Este trabalho tem como objetivo apresentar a experiência da elaboração de um PTS para o Centro Especializado em Reabilitação - CER III (Natal RN). De inicio a proposta das apoiadoras da Política Nacional de Humanização na instituição era a discussão de temas da PNH com os servidores da unidade. Depois de alguns encontros observou-se que se estava então construindo um PTS para a instituição e seus coletivos. O ponto de partida para este projeto  foi motivado pela análise situacional embasada na Matriz SWOT realizada pela equipe do CER III. A partir dela constatou-se a necessidade de que o trabalho fosse norteado por um planejamento que fizesse sentido e fosse motivador de mudanças para a angústia dos trabalhadores. Para Campos e Amaral (2007, p. 853), Projeto Terapêutico "é uma discussão de caso em equipe, um grupo que incorpore a noção inter-disciplinar e que recolha a contribuição de várias especialidades e de distintas profissões." Como em um PTS para um caso complexo buscamos em outros atores externos a co-responsabilização em demandas que extrapolavam os muros da unidade. Assim, deste modo, o Núcleo da PNH, a COHUR e o Setor Financeiro, todos pertencentes a SESAP-RN, participaram em diversos momentos de nossas rodas de conversa. O Hospital Giselda Trigueiro também apresentou sua contribuição na perspectiva da co-gestão quando percebeu-se que essa diretriz era intrínseca a todo esse processo de mudança que a unidade estava apontando. As discussões sobre co-gestão tem se aprofundado e nessa direção observa-se um misto de inquietude no co-responsabilizar e  um sentimento de potência pela abertura de espaços de fala e escuta nesse novo modo de gestão. Os encontros com os servidores da unidade ocorrem uma vez por mês em dois turnos, seguidos de reuniões de avaliação e planejamento dos próximos encontros. Norteando as ações de ensino-aprendizagem utilizamos como estratégias as Metodologias Ativas, as teorias interacionistas, a aprendizagem baseada em problemas, a reflexão a partir da prática, a dialógica e a avaliação formativa. Assim, o Ensino-Problematizador é capaz de disparar análises crítica sobre a realidade, implicando no modus operante de Ação/Reflexão/Ação. O projeto encontra-se em andamento e novos atores serão necessários nesse processo terapêutico institucional. Porém o que se construiu até aqui tem promovido mudanças, perturbações e reflexões sobre um novo modo de ver e pensar a instituição.

PNH; co-gestão; Projeto Terapêutico Singular; Apoio Institucional