Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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A Intersetorialidade como prática de Educação em Saúde no Projeto Agente Jovem: Relato de Experiência.
Joselúcia da Nóbrega Dias, Vanessa da Nóbrega Dias, Celso Lourenço de Arruda neto, Nalígia Renata Bandeira de Lima, Ângela Leitão de Figueirêdo Freire, Isabela Pinheiro Cavalcanti Lima

Última alteração: 2015-10-26

Resumo


O Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano é um programa do Governo Federal voltado para jovens de 15 a 17 anos em situação de risco e vulnerabilidade social, pertencentes a famílias de baixa renda e inscritas no Cadastro Único. O Projeto tem por objetivo o desenvolvimento pessoal, social e comunitário desses jovens. Para isso, o projeto proporciona capacitação teórica e prática, por meio de atividades que não configuram trabalho, mas que possibilitam a permanência do jovem no sistema de ensino com uma formação cidadã preparando-os para futuras inserções no mercado de trabalho e para atuação na comunidade. Neste relato pretende-se apontar alguns aspectos relevantes do trabalho desenvolvido com adolescentes do Projeto Agente Jovem de um município do interior da Paraíba, através de ações intersetoriais que envolvem saúde, educação e assistência social. Foram realizados encontros semanais na sede do Projeto para a realização de ações educativas desenvolvidas a partir da caracterização psicossocial e pedagógica dos adolescentes. As atividades foram desenvolvidas utilizando-se diversas técnicas, como dinâmicas e jogos nas quais o jovem foi induzido a refletir e avaliar o alcance das mudanças propostas, permitindo aos profissionais a troca de experiências com os participantes objetivando uma transformação da saúde através da educação. Os temas abordados eram sugeridos pelos adolescentes a cada encontro, levando sempre em consideração suas vivências, histórias de vida, inquietações, desejos e interesses, favorecendo assim o exercício da cidadania e promovendo a saúde. Após as atividades foram coletados depoimentos dos participantes, pais e professores para avaliar os resultados alcançados pelo Projeto. Os depoimentos deixaram claro que as atividades desenvolvidas permitiram mudanças significativas nas atitudes e comportamentos dos adolescentes, bem como formaram multiplicadores de uma nova concepção de saúde. Foi observada também melhor assiduidade na escola e melhor rendimento escolar, conforme depoimento de pais e professores. Com isso, concluímos que a intersetorialidade como prática de Educação em Saúde demonstrou ser um instrumento capaz de produzir mudanças necessárias capazes de construir uma consciência coletiva no conceito da saúde, através de um processo contínuo de aprendizagem.


Palavras-chave


Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Ação Intersetorial.

Referências


Brasil: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília; [Acesso em 06/10/15]. Disponível em: http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=822&Itemid=192.