Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
EXPERIÊNCIA DO MUNICÍPIO DE NATAL NA IMPLANTAÇÃO DO TESTE RÁPIDO DE HIV/SÍFILIS NA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA
Emilly Miranda, Alanny Moutinho, Celeste Rocha, Edda Barbalho
Última alteração: 2015-10-29
Resumo
A rede cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde para melhoria da qualidade do pré-natal na atenção básica, e tem como uma de suas diretrizes a oferta de teste rápido de HIV e Sífilis para gestantes e seus parceiros durante as consultas de pré-natal. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência da Secretaria Municipal de Saúde de Natal – Rio Grande do Norte no processo de capacitação e implantação de Teste Rápido de HIV e Sífilis nas Unidades básicas de saúde. A SMS Natal, através do Núcleo de DST/Aids e Hepatites Virais e com a parceria do Projeto de Apoio à Reestruturação de Redes Regionalizadas de Atenção as DST/Aids e Hepatites Virais – Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, iniciou as atividades de implantação dos testes de HIV e sífilis na rede básica de saúde no ano de 2013, por meio de capacitação de profissionais de nível superior que atuam nas Unidades Básicas de Saúde. Após a análise dos dados epidemiológicos do município, as capacitações foram iniciadas no Distrito Sanitário com a maior concentração de casos de HIV e Sífilis. No segundo semestre de 2014, foi dado continuidade ao processo de implantação do Teste Rápido na Atenção Básica com os demais distritos sanitários. As capacitações ocorreram em turmas únicas por distrito, com 30 participantes cada. No total foram capacitados profissionais de nível superior de 34 unidades Básicas de Saúde, 02 policlínicas e 02 Unidades Mistas. Em um segundo momento, foram desencadeadas rodas de conversa em algumas UBS e um expressivo número de Unidades solicitaram um novo momento formativo para revisão do procedimento. Considerando que dois Distritos Sanitários apresentaram maior dificuldade na implantação do teste rápido, em 2015 foram retomadas as capacitações, porém, utilizando uma estratégia diferente. As capacitações passaram ser realizadas no serviço, na própria unidade de saúde,visando proporcionar maior envolvimento dos profissionais de nível superior e de nível médio, bem como os representantes da gestão local, permitindo uma melhor discussão de fluxos e processo de trabalho. A perspectiva é que até o final do de 2015 toda rede básica esteja ofertando o teste rápido de HIV e Sífilis em sua rotina, ampliando o acesso ao diagnóstico dessas doenças, ajudando na redução da transmissão vertical e proporcionando a reestruturação da linha do cuidado das DST/HIV/AIDS.
Palavras-chave
Educação em Saúde; Teste Rápido de HIV, Atenção Básica.
Referências
Portaria MS/GM nº 77, de 12 de janeiro de 2012 - Dispõe sobre a realização de testes rápidos, na atenção básica, para a detecção de HIV e sífilis, assim como testes rápidos para outros agravos, no âmbito da atenção pré-natal para gestantes e suas parcerias sexuais.
Portaria nº 3.275, de 26 de dezembro de 2013 - dispõe sobre a realização de testes rápidos, na atenção básica, para a detecção de HIV e sífilis, assim como testes rápidos para outros agravos, no âmbito da atenção pré-natal para gestantes e suas parcerias sexuais.
Portaria MS/GM nº 3.242, de 30 de dezembro de 2011 - Dispõe sobre o Fluxograma Laboratorial da Sífilis e a utilização de testes rápidos para triagem da sífilis em situações especiais e apresenta outras recomendações.
Portaria nº 29, de 17 de dezembro de 2013 - Aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças e dá outras providências.