Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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Cena: Dois Homens - O Encontro
lais Barreto barreto barbosa, Breno Lincoln Pereira de Souza Diniz

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


O fazer teatral é, por excelência, um lugar de encontro. Encontro com alteridade, consigo mesmo e com as possibilidades que virão por meio da criação. O Coletivo 18 de Maio é composto por usuários de serviços de saúde mental, psicólogos e estudantes da cidade de Natal. O coletivo teve início no segundo semestre do ano de 2014 e desde então temos desenvolvido pesquisas em diferentes linguagens cênicas com o intuito de fomentar  processos de criações coletivas usando estas cenas poéticas como potencialidades para a produção de outras formas de existência para os integrantes. Os encontros constituem-se como local de trabalhos/pesquisas em expressão corporal, improvisações cênicas e a construção de uma dramaturgia própria às experiências e relatos de depoimentos das vidas dos componentes.Tendo como base o método da produção de "Diários biográficos" advinda do Teatro Documentário na criação dramatúrgica, buscamos, por meio dos depoimentos, não somente uma forma de expressão artística cênica, mas sim, a produção de novas subjetividades, criando outras possibilidades de encontro com as respectivas biografias. Acredita-se que, ao recriar essas histórias dentro de uma linguagem cênica, os integrantes contariam com a possibilidade de transformação das mesmas. Pode-se dizer que a experiência de produzir novas maneiras de serem vistos ao recriarem/inventarem suas biografias é também uma forma de potencializar e ressignificar algumas experiências. Realizada a apresentação do trabalho de nosso Coletivo apresentamos a cena: A cena intitulada “Dois homens: o encontro” se passa quando dois atores/poetas transformaram suas biografias numa cena poética: João Maria Ferreira relata sua vida desde a infância sendo negro, pobre, deficiente traçando e compartilhando sua trajetória que desemboca nos manicômios da cidade de Natal.Nessa trajetória biográfica, João Maria se encontra com Breno, um estudante do interior do Rio Grande do Norte, uma pessoa desencontrada em Natal, aprisionada na instituição universitária, um poeta, preso aos academicismos. Estes dois homens se encontram nessa cena transformando esses relatos num momento epifânico, envolto de muitas emoções e belezas.

 

 

 


Palavras-chave


artes cênicas; Teatro; saúde mental