Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO: COMPLETUDE DE DADOS MATERNOS RELATIVOS À PARTO DOMICILIAR
Jessica Cortez Oliveira, Priscila Ferreira Costa, Isaiane Silva Carvalho, Rosineide Santana Brito

Última alteração: 2015-10-26

Resumo


Introdução: o Sistema de Informação sobre Nascido Vivo tem a finalidade de registrar dados sobre partos e mães, sendo assim é alimentado por meio da Declaração de Nascido Vivo. Com isso a avaliação da completude corresponde a um mecanismo para verificar a qualidade das informações geradas. No entanto, por vezes, deixam lacunas, que dificultam a realidade dos fatos. Objetivo: avaliar a qualidade dos registros a partir da completude de dados maternos relativos a partos domiciliares ocorridos no Brasil, entre os anos de 1994 a 2012. Método: estudo descritivo de abordagem quantitativa, com dados do sistema de informação subsidiados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram selecionadas as variáveis: idade da mãe, escolaridade da mãe, estado civil, duração da gravidez, tipo de gravidez, tipo de parto e consulta pré-natal. Na análise dos dados utilizou-se o escore de Romero e Cunha (2006) o qual classifica a incompletude em 5 graus: excelente (E); bom (B); regular (RE); ruim (R) e muito ruim (MR). Resultados: no período pesquisado foram realizados 663.390 partos domiciliares no Brasil. A avaliação dos resultados quanto à idade da mãe variou de regular (14,35%) em 1994 e passou a excelente (3,36%) no ano 2000. Tratando-se da instrução materna a incompletude começou como ruim (22,55%) no ano de 1994, e passou para bom (9,76%) em 2003. Sobre o estado civil, os índices permaneceram muito ruim até 1999 (75,77%) e alcançou excelente em 2009 (3,64%). Relativo à duração da gestação, em 1994 era bom (28,38%), excelente em 2006 (4,43%) e decresceu até chegar à incompletude ruim no ano 2011 (23,54%). Enquanto isso, a variável tipo de gravidez começou como regular em 1994 (13,07%) e desde 2002 passou para o escore excelente (4,23) e assim permaneceu até 2012 (2,75%). Referente ao tipo de parto, em 1994 apresentou-se como regular (18,45%) e de 2002 (4,38%) até 2012 (2,71%) obteve a classificação de excelente. Sobre a consulta pré-natal, houve modificação de 1994 de muito ruim (100%), chegando a excelente em 2011 (3,85%). Conclusão: observou-se progresso na qualidade das informações, exceto na duração da gravidez. Essa variável teve seus índices alterados de bons a ruins. Dessa forma se faz necessário à instituição de estratégias voltadas ao aprimoramento dos registros, a fim de melhorar a qualidade das informações acerca da gravidez.

Palavras-chave


Enfermagem obstétrica; Saúde materna; Parto domiciliar

Referências


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