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Tem sido um desafio para os profissionais de saúde promover o cuidado a saúde do usuário de maneira que atenda aos princípios e diretrizes da política nacional de humanização que preconiza modificar as práticas de saúde que reproduzem a assistência curativista, dentro da dimensão anatomofisiológica, pautada ainda no modelo biomédico de produzir saúde. A fim de transformar esta realidade e perspectiva, a equipe de profissionais da unidade pediátrica do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB) tem desenvolvido uma estratégia que oportuniza a realização de discussão de casos clínicos dos usuários internos na enfermaria, com a equipe de profissionais da assistência e da residência multiprofissional da referida instituição. Desta forma, o objetivo do presente resumo é apresentar um relato de experiência acerca da atividade desenvolvida na discussão de caso da pediatria do referido hospital a partir da perspectiva da equipe da Residência Multiprofissional em Assistência Materno-Infantil. A discussão de caso consiste em uma roda de conversa que é realizada semanalmente com a equipe de residentes, composta por assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, farmacêutica, nutricionista, odontólogo e psicóloga, e a equipe de profissionais da enfermaria pediátrica como pediatra, residentes de pediatria, estudantes de medicina e preceptores das áreas já citadas. A discussão de caso consiste numa proposta que objetiva apreender quais são determinantes que interferem nos aspectos da saúde dos usuários (as), bem como no seu processo de hospitalização, além de promover um espaço para formação, tendo em vista os sujeitos envolvidos na atividade estão em processo de ensino-aprendizagem. Este momento tem se apresentado como uma oportunidade dos profissionais dialogarem e decidirem sobre qual a melhor terapêutica para o usuário (a), neste sentido, a partir de uma visão ampliada de saúde, rompendo com a perspectiva biomédica, e proporcionando um atendimento integral e humanizado. Contudo, percebe-se que este exercício ainda consiste num desafio a ser enfrentado cotidianamente dentro da equipe, visto que ainda precisamos quebrar com os modos de processos de trabalho que reproduzem o modelo de saúde voltado para a cura da doença, sem atentar aos determinantes psicossociais, econômicos, ambientais e culturais que permeiam o processo de saúde-doença de cada sujeito.

Assistência integral à saúde; Formação profissional em saúde; Promoção da saúde