Última alteração: 2015-10-26
Resumo
Introdução: Os primeiros socorros quando prestados eficientemente diminuem consideravelmente a mortalidade em situações de emergência. No entanto, a realização de conduta incompleta ou equivocada pode provocar o agravamento da condição da vítima. Objetivo: Identificar atitudes tomadas por leigos frente a situações de emergência em saúde, segundo a literatura científica. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e da Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, utilizando-se os descritores “educação em saúde”, “emergência”, “ressuscitação cardiopulmonar” e “primeiros socorros”. Foram selecionados 6 artigos, publicados em português, em texto completo, entre 2006 a outubro/2015 e 1 manual do Ministério da Saúde. Resultados: A revisão destacou que mais de 55% dos leigos tomariam atitudes incorretas ou incompletas diante de situações de emergência, sendo essas atitudes: pressionar o peito da vítima, não fazer nada ou chorar de nervosismo, oferecer essências fortes para tentar acordar o indivíduo, dar pancadas nas costas, fazer respiração boca a boca, jogar água em sangramentos e deitar a vítima. Além disso, quando os leigos mencionaram ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), estes não sabiam identificar situações em que seriam necessárias o acionamento do SAMU. As atitudes corretas mencionadas foram: deitar a vítima em posição lateral de segurança, pedir socorro, realizar reanimação cardiopulmonar, elevar as pernas, estancar sangramentos e realizar a manobra de Heimlich. Conclusão: A partir dos resultados obtidos, pode-se constatar que há a necessidade de uma maior difusão dos conhecimentos em primeiros socorros para a população leiga, a fim de poder minimizar possíveis agravos relacionados ao atendimento em situações de emergência e aumentar as chances de vida das vitimas.
Palavras-chave
Referências
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