Última alteração: 2015-10-29
Resumo
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica configura-se no comprometimento da função renal que pode evoluir de forma assintomática durante um longo período até que atinja suas fases finais, geralmente caracterizadas por problemas de saúde preocupantes. Dessa forma, a detecção de eventuais fatores de risco na população idosa é a melhor prevenção para essa doença. Destaca-se, assim, a necessidade de atuação dos profissionais de saúde, principalmente do enfermeiro nas Unidades Básicas de Saúde da Família. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da Doença Renal Crônica em idosos. MÉTODO: Estudo transversal, realizado em quatro Unidades Básicas de Saúde localizadas em Natal/RN, com uma amostra de 50 idosos. A coleta ocorreu de janeiro a abril de 2015, a partir de um instrumento, contemplando as seguintes variáveis: dados sociodemográficos e os fatores de risco da DRC. As variáveis nominais foram analisadas por meio de estatística descritiva, sendo expostas as frequências absolutas, além disso, para as variáveis numéricas foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para a verificação da normalidade dos dados, adotando-se p < 0,05. RESULTADOS: Os pacientes apresentaram como histórico familiar a presença da hipertensão (58%), diabetes (50%) as doenças cardíacas (34%), o problema renal e a obesidade (16%). Referente à pressão arterial, os indivíduos exibiram uma mediana da pressão sistólica e diastólica de 130,0 mmHg e 71,0 mmHg respectivamente, caracterizando a pressão como limítrofe. Referente ao Índice de Massa Corporal identificou-se uma média de 28,0 (±3,8), denotando sobrepeso. Embora esses fatores para doença renal estivessem presentes, 62% realizava atividade física, sendo que 36% a realizava em uma frequência de um a três vezes por semana, 16% todos os dias e 12% de três a cinco vezes, com tempo máximo de uma hora, excluindo, dessa forma, o sedentarismo como fator de risco. Além disso, a maioria não se enquadrava como etilista (66%) e também não utilizam tabaco (54%). CONCLUSÃO: Esses indivíduos são um grupo vulnerável, pois apresentam fatores de risco responsáveis por aumentar as chances para o desenvolvimento da doença renal, como a presença de histórico familiar positivo para a doença renal crônica, a hipertensão e o sobrepeso, entretanto, possuem fatores protetores como a realização de atividade física e o não consumo do tabaco e álcool. Assim, diante desses fatores, ações devem ser planejadas, com vistas à prevenção da doença renal.
Palavras-chave
Referências
BASTOS, M. G., KIRSZTAJAN, G. M. Doença renal crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. J Bras Nefrol, v. 33, n. 1, p. 93-108, 2011.
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