Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM IDOSOS
Maria Isabel da Conceição Dias Fernandes, Jéssica Dantas de Sá Tinôco, Kadyjina Daiane Batista Lúcio, Juliane Rangel Dantas, Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


INTRODUÇÃO: A doença renal crônica configura-se no comprometimento da função renal que pode evoluir de forma assintomática durante um longo período até que atinja suas fases finais, geralmente caracterizadas por problemas de saúde preocupantes. Dessa forma, a detecção de eventuais fatores de risco na população idosa é a melhor prevenção para essa doença. Destaca-se, assim, a necessidade de atuação dos profissionais de saúde, principalmente do enfermeiro nas Unidades Básicas de Saúde da Família. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da Doença Renal Crônica em idosos. MÉTODO: Estudo transversal, realizado em quatro Unidades Básicas de Saúde localizadas em Natal/RN, com uma amostra de 50 idosos. A coleta ocorreu de janeiro a abril de 2015, a partir de um instrumento, contemplando as seguintes variáveis: dados sociodemográficos e os fatores de risco da DRC. As variáveis nominais foram analisadas por meio de estatística descritiva, sendo expostas as frequências absolutas, além disso, para as variáveis numéricas foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para a verificação da normalidade dos dados, adotando-se p < 0,05. RESULTADOS: Os pacientes apresentaram como histórico familiar a presença da hipertensão (58%), diabetes (50%) as doenças cardíacas (34%), o problema renal e a obesidade (16%). Referente à pressão arterial, os indivíduos exibiram uma mediana da pressão sistólica e diastólica de 130,0 mmHg e 71,0 mmHg respectivamente, caracterizando a pressão como limítrofe. Referente ao Índice de Massa Corporal identificou-se uma média de 28,0 (±3,8), denotando sobrepeso. Embora esses fatores para doença renal estivessem presentes, 62% realizava atividade física, sendo que 36% a realizava em uma frequência de um a três vezes por semana, 16% todos os dias e 12% de três a cinco vezes, com tempo máximo de uma hora, excluindo, dessa forma, o sedentarismo como fator de risco. Além disso, a maioria não se enquadrava como etilista (66%) e também não utilizam tabaco (54%).  CONCLUSÃO: Esses indivíduos são um grupo vulnerável, pois apresentam fatores de risco responsáveis por aumentar as chances para o desenvolvimento da doença renal, como a presença de histórico familiar positivo para a doença renal crônica, a hipertensão e o sobrepeso, entretanto, possuem fatores protetores como a realização de atividade física e o não consumo do tabaco e álcool. Assim, diante desses fatores, ações devem ser planejadas, com vistas à prevenção da doença renal.


Palavras-chave


Enfermagem; Fatores de Risco; Insuficiência Renal Crônica; Atenção Primária à Saúde

Referências


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