Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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HANSENÍASE: A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COM PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA EM RERIUTABA-CE
Kelvia Maria Oliveira Borges, Andressa Virgínia Mesquita Pinto, Daruina da Silva Guilherme Martins

Última alteração: 2015-10-28

Resumo


Apresentação: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica granulomatosa, proveniente de infecção do Mycobacterium leprae que acomete indivíduos de qualquer raça, gênero ou faixa etária, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa e com baixo nível de escolaridade. A hanseníase constitui-se de grande importância para a saúde coletiva devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante. Neste contexto, a educação permanente em saúde é considerada como um instrumento metodológico e integrador entre educação e trabalho, que favorece ao profissional contribuir, satisfatoriamente, para as necessidades da população, considerando tal contexto. O estudo objetivou relatar a experiência de educação permanente em saúde, para profissionais da saúde em uma área endêmica de hanseníase. Desenvolvimento do trabalho: Relato de experiência de prática em educação permanente, de abordagem qualitativa, do tipo descritiva sobre a concepção e execução de uma oficina sobre atenção em saúde em hanseníase com os profissionais da atenção básica. As atividades ocorreram durante o mês de maio de 2015, no município de Reriutaba-CE. A oficina teve como marco teórico a teoria de Ausubel, onde levou-se em consideração o conhecimento prévio dos participantes sobre o tema, quando aprender significativamente é ampliar e reconfigurar ideias já existentes na estrutura mental e com isso ser capaz de relacionar e acessar novos conteúdos. A equipe do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), composta por profissionais da fisioterapia, nutrição e psicologia, elaborou e facilitou a oficina. Resultados e/ou impactos: Participaram 8 médicos e 7 enfermeiros das 8 Estratégias de Saúde da Família do município. Na oficina, os temas explanados foram estigmas, alimentação e nutrição, diagnóstico e avaliação neurológica simplificada. Os trabalhos foram iniciados com apresentações dos envolvidos. Seguido da indagação sobre expectativas e o que sabiam do tema. A seguir, foi iniciado com a psicóloga que indagou associação entre estigma e adesão ao tratamento. Foram levantados também pelo profissional nutricionista temas associados a alimentação e sua ligação com a recuperação e auxílio durante o tratamento na prevenção de outras comorbidades. Na avaliação neurológica simplificada foi explorado a técnica e pratica em duplas a ficha de avaliação, os profissionais participaram ativamente, evidenciando desconhecimento em Avaliação Neurológica Simplificada, mas bastante interesse nas práticas, compartilhando experiências, além de utilizar o momento para esclarecimento de dúvidas. A partir deste ponto, os profissionais simulavam a situação e a fisioterapeuta conduzia o caso da forma adequada e retirava dúvidas. Considerações finais: Faz-se necessário um planejamento a fim de proporcionar educação permanente para profissionais de áreas endêmicas. Durante a oficina sentiu-se por parte dos profissionais a falta de experiência no manejo e tratamento de pacientes com hanseníase. Houve o entendimento da importância da integração multiprofissional, favorecendo o paciente em todos os âmbitos da saúde, social/mental, alimentar/nutricional e sensoriomotor.

Palavras-chave


Educação Continuada; Hanseníase; Atenção Primária à Saúde