Última alteração: 2015-10-28
Resumo
A saúde no campo é um tema que vem sendo pauta de diversas discussões, a política voltada para o campo foi instituída pela portaria nº 2866 de 2011, que vem sendo elaborada desde 2005 pelo Grupo Terra, dando como fruto a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e mais recentemente das águas, tornando-se um grande avanço nesse debate.
A política é considerado um marco histórico na Saúde por reconhecer as condições e os determinantes sociais da população do campo e da floresta no que concerne o processo saúde/doença dessas populações. Tendo como vista o reconhecimento de que a saúde é determinada pelas condições econômicas, sociais, culturais e ambientais em que vivem as comunidades.
Esse cenário contribui, direta e indiretamente para a construção de ações e programas que tenham como foco a saúde dessa população, desse modo, foi idealizado a Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase no Campo ligado à Universidade de Pernambuco como um projeto de residência direcionada ao público do campo, somando ensino e serviço de saúde.
O projeto iniciou em março de 2015, com duração de 2 anos, tem por objetivo formar pós graduandos em Saúde do Campo, contando com 10 especialidades ligados as áreas da saúde como:assistente social, educador fisico, enfermeira, fisioterapeuta, farmacêutico, nutricionista, odontólogos, psicólogo, terapeuta ocupacional, veterinária, que podem ter a escolha de morar nas comunidades do projeto como forma de imersão, reconhecimento do território e promoção de saúde.
A residência vem trabalhando em conjunto com as Unidade de Saúde da Família (USF) e Núcleo de Apoio a Estratégia de Saúde da Família (NASF), o Movimento sem Terra (MST) e as comunidades Quilombolas no município de Caruaru e Garanhuns (PE) respectivamente, a atuação desses profissionais se concentram nas áreas de assentamentos e zona rural em Caruaru. Já em Garanhuns, o território de atuação são as comunidades quilombolas. A Residência vem para se somar com a rede de saúde desses municípios com a proposta de trabalhar saúde e a participação social dessas comunidades.
O impacto que essa residência trará sobre as comunidades está sendo de curto a longo prazo, por se tratar de uma residência pioneira no Brasil, que vem se moldando conforme as demandas e necessidades de cada território de atuação para que possa tornar possível o acesso equânime da população do campo aos serviços de saúde.
Palavras-chave
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa.,1. ed.; 1. reimp. , Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.48 p. : il.
Buss, P.M e Filho, A.P. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007