Introdução: O programa de saúde prisional foi implantado no Espírito Santo no ano de 2006, inicialmente três unidades prisionais foram contempladas e em 2010 o programa foi implantado na Penitenciária de Segurança Máxima II – PSMA II. Os presos da referida unidade são assistidos por equipe de saúde em conformidade com o plano nacional de saúde no sistema penitenciário. Na avaliação de admissão é realizada avaliação clinica e/ou anamnese por todos os profissionais da equipe de saúde, porém exames laboratoriais de sangue para investigação de doenças sanguíneas não são solicitados e realizados. A ausência da solicitação e realização de exames laboratoriais na admissão do preso ocasiona uma assistência frágil, pois diversas alterações e doenças sanguíneas não são detectadas precocemente.

Descrição da Experiência: Este estudo consiste em um relato de experiência referente a implantação de um Projeto de Intervenção elaborado no decorrer do Curso de Especialização em Gestão em Saúde no Sistema Prisional, e teve como objetivo a criação e implantação de um protocolo para a realização de exames laboratoriais de sangue na avaliação admissional dos presos da PSMA II. O projeto de intervenção teve inicio em outubro de 2013, com a realização de reunião com a coordenação e equipe de saúde, onde foi feito a seleção dos exames de sangue que seriam solicitados. No mês de janeiro de 2014 foi iniciado a solicitações dos exames laboratoriais na avaliação admissional dos presos. No período de janeiro a junho de 2014, dezesseis presos foram admitidos na unidade e realizaram os exames laboratoriais de sangue.

Impacto: A partir da implantação do projeto foi possível verificar no prontuário de saúde do preso a situação de saúde de forma mais fidedigna já na admissão na unidade prisional, proporcionando ao profissional de saúde maior segurança na assistência que é realizada e garantia do direito ao acesso ao serviço de saúde de qualidade e resolutivo.

Considerações finais: Acreditamos que o projeto de intervenção alcançou o objetivo proposto e demonstrou à importância da realização de uma assistência resolutiva a população carcerária. sendo encaminhado para à Gerência de Saúde do Sistema Penal com a proposta de implantação em 100% das unidades prisionais do Espírito Santo.