Última alteração: 2014-11-05
Resumo
Introdução. As doenças infecciosas estão entre os principais problemas da saúde pública brasileira e o controle dessas doenças é um grande desafio a ser enfrentado pela sociedade civil, gestores e universidades. Articulando extensão, pesquisa e ensino a Liga Acadêmica de Infectologia (LAI) objetivou promover a saúde de três diferentes comunidades: usuários do Hospital-Dia Profª Esterina Corsini (HD/HU), moradores de bairros com elevados índices de violência e uma comunidade de descendentes de japoneses. Descrição da experiência. A LAI foi criada em 2008, e consiste em uma associação de 15 a 20 estudantes do curso de medicina da UFMS. São coordenados por 2 a 3 coordenadores discentes e um docente e com a colaboração de vários profissionais das diferentes áreas da Saúde. Os membros se renovam a cada ano. As atividades realizadas são diversificadas, e envolvem temas ligados às doenças infecciosas. Nesses 6 anos destacamos atividades que envolveram três comunidades externas à UFMS. 1. Acolhimento e atendimento multiprofissional ao usuário do HD/HU. Foi criado no HD/HU um espaço para o atendimento pelos ligantes. Ali, pacientes que recém receberam o diagnóstico de uma doença infectocontagiosa e seus acompanhantes recebem acolhimento, atendimento e orientações. A maioria dos doentes têm AIDS, Hepatites virais e Sífilis. A população atendida é, por vezes, constituída de usuários de drogas ilícitas, presidiários e travestis ou transexuais, o que proporciona vivência única para os estudantes e para sua compreensão das diversidades e pluralidades de comportamento. 2- Projeto não morra tão cedo. Iniciativa do Ministério Público de MS, a LAI atuou como instituição parceira. Foram selecionadas escolas municipais de bairros com maiores índices de violência e uma ação de cidadania envolvendo várias instituições foi realizada durante dias de sábado. A LAI participou com a “Gincana contra a Dengue” na escola Plínio Barbosa Martins, “Influenza, Dengue e Parasitoses na escola Nazira Anache e “Prevenção de DST e AIDS” na escola Tomaz Ghirardelli. 3. Dia da Saúde- comunidade Okinawa. Campo Grande é uma cidade com uma população significativa de descendentes de japoneses, em especial da ilha de Okinawa. Sabe-se que possuem elevado índice de infecção pelo HTLV. Desde 2012, a LAI tem realizado campanhas que inicialmente eram voltadas ao diagnóstico e prevenção desta enfermidade, no entanto, as ações passaram a ser mais amplas e abordando outras infecções.
Impactos e considerações finais. As diferentes comunidades atendidas foram beneficiadas com as ações e observou-se um incremento de qualidade no atendimento aos usuários do HD/HU. As ações reforçaram nos profissionais em formação o compromisso do seu trabalho na saúde e na vida das pessoas.