INTRODUÇÃO: O acompanhamento pré-natal é importante para assegurar a saúde e desenvolvimento da gestação, garantindo um parto com recém-nascido saudável, e sem impactos para a saúde materna, sendo a melhor ferramenta para promoção e prevenção de saúde pré e pós-parto. Os cuidados assistenciais no primeiro trimestre são considerados principais indicadores da qualidade da assistência materna nesse período. A rede cegonha foi implementada em 2011 com intuito de criar um novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança. Tem como objetivos o avanço nos indicadores de mortalidade materna e infantil, com ênfase no componente neonatal, e a organização da Rede de Atenção a Saúde Materna e Infantil através de um novo modelo de atenção à saúde, com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança até os vinte e quatro meses de vida. OBJETIVOS: calcular a proporção de gestantes com captação precoce no pré-natal entre os anos de 2011 a 2014. METODOLOGIA: Foram utilizados dados secundários, obtidos por meio do DATASUS – SIAB com busca durante o dia 24 de outubro de 2014. As variáveis usadas para análise foram o número de gestantes cadastradas e o número de gestantes com pré-natal até o primeiro trimestre gestacional, do município de Campo-Grande – MS entre os anos 2010 a 2014. Os dados do ano de 2014 são parciais, representando o período de janeiro à setembro Para o cálculo da proporção, foi realizada a divisão do número de gestantes cadastradas até o primeiro trimestre gestacional pelo total de gestantes cadastradas e o resultado multiplicado por 100. RESULTADOS: A proporção de gestantes com captação precoce no pré-natal no município de Campo Grande manteve variações entre os anos, mas com um considerável aumento, sendo em porcentagens o total dessa proporção de 75,6 % (2010), 77,6% (2011), 76,6% (2012), 77,9% (2013) e 80,4%* (2014) respectivamente, tendo uma média dos últimos cinco anos de 77,6 %. CONCLUSÃO: Após a implementação da Rede Cegonha em Campo Grande – MS, no ano de 2012, observamos um aumento da proporção de captação das gestantes precocemente, porém, temos ainda uma grande quantidade de gestantes sendo captadas de forma tardia ou sem nenhum acompanhamento durante toda a gestação. Se considerarmos as projeções do Ministério da Saúde que, de todo o universo das gestantes 85% são classificadas como risco habitual e os outros 15% são de alto risco. É sabido que temos um universo de ambas sem acompanhamento, sem respaldo das equipes de saúde e que futuramente podem gerar complicações durante o parto ou puerpério. Portanto, devem-se ampliar as medidas de cobertura das ESF, capacitar os profissionais de saúde e expandir as campanhas publicitárias, sendo estas medidas importantes para garantir o aumento do acompanhamento precoce de todas as gestantes.