Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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A vivência do cursista nas ações do projeto de Gênero e Diversidade na Escola
Ane Karoline Amorim Oliveira

Última alteração: 2014-11-07

Resumo


Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

 

OLIVEIRA, Ane Karoline A.

 

A vivência do cursista nas ações do projeto de Gênero e Diversidade na Escola

 

Introdução: “Gênero e Diversidade na Escola” foi um curso voltado à formação docente, sobretudo da Educação Infantil, para o desenvolvimento de habilidades como compreensão, posicionamento e modos de intervenção diante de situações de violência e de infração aos direitos humanos de crianças e adolescentes em instituições de ensino. Os parâmetros curriculares nacionais PCNs, documento do Ministério da Educação, visam o alcance da cidadania e da igualdade de direitos entre os cidadãos de modo que a educação para a sexualidade, a equidade de gênero, a diversidade sexual e étnica, precisa ser contemplada numa sociedade de cunho heteronormativo e preconceituoso que exclui e oprime qualquer comportamento ou característica desviante das normas previstas.

 

Descrição da Experiência: O curso ocorreu nos Campus da UFMS com pólos em Campo Grande/MS, Camapuã/MS e Miranda/MS, na modalidade semipresencial que teve sua segunda versão de junho a dezembro de 2013. As atividades eram na sua maioria realizadas através do ambiente virtual http://virtual.ufms.br/ pela qual os tutores orientavam, mediavam, avaliavam e forneciam o feedback dos conteúdos e das discussões nos fóruns e das atividades escritas feitas pelos cursistas. Fóruns de discussão/aprendizagem; materiais de base, de aprofundamento, de prática pedagógica com crianças e de apoio, bem como livros, artigos, vídeos, filmes, animação e CDs; atividades escritas ao final de cada módulo; discussões, estudos, problematizações e mediação de conceitos priorizados pela proposta do curso, nos encontros presenciais; seminário – foram metodologias desenvolvidas pelo curso. Cinco módulos compuseram a estrutura curricular do curso com os seguintes temas: diversidade, gênero, sexualidade e orientação sexual, relações étnico-raciais e uma avaliação com ações complementares. Ao final foi solicitado, a partir dos assuntos debatidos durante o curso, um projeto de intervenção com o desenvolvimento de uma metodologia voltado às crianças para apresentação num seminário.

 

Impactos: Dialogar, discutir, problematizar e desconstruir normas sociais sob as quais as desigualdades são justificadas e legitimadas se faz necessário, uma vez que imputa aos oprimidos a culpa pela violência da qual são vitimados. É preciso refletir como e quanto dos estereótipos e preconceitos aprendidos contribuem para formação de relações insalubres, intolerantes, desrespeitosas, excludentes e opressoras, de tal modo que infringe a dignidade do outro e seus direitos humanos.

 

Considerações finais: É essencial reformular as práticas pedagógicas nas escolas para inserção de temas transversais, bem como para a equidade de direitos e deveres, para o livre exercício da sexualidade, para o respeito e reconhecimento das diferenças; deveriam compor também a grade curricular dos cursos na área da saúde a fim de contemplar o atual cenário de políticas voltadas para a promoção e prevenção de riscos para a saúde, porquanto há outra concepção para a produção de saúde que não é mais centrado no modelo biológico e hospitalocêntrico, mas são considerados os determinantes e condicionantes sociais no desenvolvimento do processo saúde-doença.