Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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A Vivência dos Acadêmicos de Fisioterapia da UFMS nas Ações do SPE
Ane Karoline Amorim Oliveira, Adriane Pires Batiston, Evelinn Amarilha Faria, Kátia Emy Onoda

Última alteração: 2014-11-08

Resumo


Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

 

OLIVEIRA, Ane Karoline A.; BATISTON, Adriane Pires; FARIA Evelinn A.; ONODA Kátia E.

A Vivência dos Acadêmicos de Fisioterapia da UFMS nas Ações do SPE

 

Introdução: O projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), é um programa interinstitucional entre os Ministérios da Saúde e da Educação, por meio do qual os acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), desenvolvem ações nas escolas municipais de Campo Grande/ MS. O SPE é direcionado aos adolescentes e trabalha na lógica da formação de multiplicadores para educação em saúde. A adolescência é um período, nos quais os adolescentes estão expostos as diversas situações que podem afetar sua saúde e suas perspectivas de vida futura, tais como: doenças sexualmente transmissíveis, uso de álcool, tabaco e outras drogas, gravidez indesejada e violência. Desta forma, justifica-se uma intervenção de promoção à saúde e redução de vulnerabilidades por meio da educação em saúde.

 

Descrição da experiência: O SPE foi inserido na disciplina Saúde e Cidadania VIII do curso de fisioterapia da UFMS no segundo semestre de 2013. Os acadêmicos passaram por uma capacitação com os técnicos da Secretaria de Saúde no intuito de formar facilitadores para o desenvolvimento de ações integradas, construídas e pactuadas entre a universidade, unidade básica de saúde da família e a escola na qual as ações foram realizadas. As ações foram realizadas semanalmente no contra-turno, sendo a participação dos alunos voluntária e consentida pelos pais ou responsáveis. Durante os encontros fomentou-se o diálogo, a escuta e o acolhimento das necessidades demandadas pelo público alvo; assim foram incluídos temas relacionados à saúde sexual e reprodutiva, sexualidade, violência e relações intrafamiliares, através de metodologias ativas de aprendizagem, como:  rodas de conversa, dinâmicas, teatro, vídeos e jogos.

 

Impactos: A ação gerou impacto não apenas nos adolescentes participantes da ação como nos acadêmicos, que puderam desenvolver competências técnicas e relacionais.  Destacam-se como pontos positivos:  participação e interesse dos alunos pelas ações, a receptividade da escola e o apoio dos pais. A metodologia ativa utilizada oportunizou a criação de vínculos e a construção e compartilhamento de saberes com o público-alvo e deste com seus pares. As barreiras encontradas foram relacionadas a falta de assiduidade e interesse de alguns alunos que aproveitavam o projeto apenas como motivo para se ausentar de suas casas, o que muitas vezes dificultou o aproveitamento das atividades por parte dos adolescentes.

 

Considerações Finais: O SPE oportuniza a integração da universidade, escola e unidade de saúde com objetivos comuns de desenvolver ações que possam impactar a saúde e vida dos adolescentes. A metodologia ativa propicia a participação reflexiva e valoriza os participantes, que podem expressar suas ideias, duvidas e anseios.  Para os futuros profissionais fisioterapeutas, este trabalho possibilitou uma experiência rica, uma vez que atuarão dentro das políticas de saúde, tendo como foco a promoção, prevenção e redução de danos.

 


Palavras-chave


acadêmicos; fisioterapia; SPE