Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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RODA DE CONVERSA COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE COMO LIDAR COM OS CINCO ESTÁGIOS DO LUTO E COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFÍCEIS
Ananda de Mello Luz, Iven Giovanna Trindade Lino, Letícia Gabrielly Medeiros Pereira, Francyelle de Mello Pereira, Rodrigo Domingos de Souza, Diego Machado de Souza, Margarete Knoch Mendonça

Última alteração: 2014-11-09

Resumo


Introdução: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um profissional que foi incluído no cenário da atenção primária para atuar na equipe de Estratégia de Saúde da Família. É preconizado que ele seja capacitado para reunir informações de saúde sobre sua comunidade através de visitas domiciliares na área de abrangência da unidade de saúde. Desta forma ele produz informações capazes de dimensionar os principais problemas de saúde de sua comunidade. Obrigatoriamente o ACS é um morador da área onde trabalha e esse aspecto, juntamente com o fato de estar constantemente em contato com o paciente forma um maior vínculo com os moradores. E assim muitas vezes os fazem lidar com aspectos da vida dos seus assistidos, que não são propriamente técnicos, mas também emocionais, reflexos do que os diferentes diagnósticos e sofrimentos podem gerar nos pacientes e na família. Para lidar com tais questões ainda existem lacunas e deficiências na formação desses profissionais, que orientam os pacientes intuitivamente e com suas próprias experiências de vida. Descrição da experiência: Iniciamos o contato com uma dinâmica “Quebra-Gelo”, para criarmos um vínculo e aumentar a confiança deles de que era um local e momento seguros para compartilharem suas experiências e dúvidas. Através de uma roda de conversa com os ACS, atentamos para o fato de que um diagnóstico inesperado pode desencadear, no indivíduo e na família diversas manifestações que podem ser entendidas e manejadas através de sua classificação em fases chamadas de luto e explicadas pelo Modelo de Kübler-Ross. Em complemento abordamos também o Protocolo de Spikes de comunicação de notícias difíceis, para que pudessem lidar com as reações que essas notícias podem desencadear na família e planejar as visitas domiciliares com embasamento científico. Por isso adaptamos esses dois modelos á realidade do ACS, contendo as características de cada etapa, formas de identifica-las, e condutas recomendadas, no caso do luto e, etapas e atitudes, no caso do protocolo de Spikes. Impactos: O assunto abordado foi inovador e despertou grande interesse nos profissionais, que através das informações, foram capazes de identificar diversas situações de sua realidade similares com as fases do luto. Observou-se uma grande diversidade de opiniões acerca das condutas que eram tomadas e um sofrimento decorrente do envolvimento emocional com as famílias. Conclusão: O tema foi avaliado como pertinente para a prática profissional do ACS, e tem que ser melhor trabalhado e incluído nessa nova realidade da atenção básica. Baseando-se nas experiências compartilhadas pelos Agentes, ficou clara a necessidade de receberem apoio, orientações e de terem um espaço como o que oferecemos para que eles compartilhem ideias e experiências, para que as suas vivências e atitudes possam servir de exemplo aos outros colegas, ajudando uns aos outros a lidarem com as mais variadas situações do dia-a-dia.

 

 

 

 


Palavras-chave


Agente comunitário de saúde; Luto.