Introdução

O NASF busca romper esta lógica de alcançar metas numéricas sem a devida reflexão da qualidade da assistência prestada e colaborar para a implementação de ações qualificadas, aumentando a capacidade resolutiva das equipes e os determinantes do processo saúde-doença¹.

O Projeto Terapêutico Singular (PTS) busca um conjunto de propostas e condutas, terapêuticas articuladas, para sujeitos individuais ou coletivos, que se processa em quatro momentos: diagnóstico, definição de metas, divisão de responsabilidades e reavaliação ².

Portanto representa o PTS, um momento da equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações³.

Objetivo

Analisar como está sendo realizado o PTS pelas equipes NASF da microrregião de Paranaíba, localizado no Estado de Mato Grosso do Sul, estabelecida de acordo com as microrregiões de saúde, prevista na Resolução nº.075/SES/MS de 14/10/2011.

Método

Foram realizadas entrevistas aos profissionais dos NASF selecionados de acordo com a data de implantação (inferior a março/2011), seguindo um roteiro de questionamentos para identificar a percepção dos profissionais a cerca do tema, com gravação da entrevista e transcrição dos dados.

Foram extraídas as ideias centrais com foco no conhecimento sobre o PTS e com base nos discursos verificamos se está sendo utilizada essa ferramenta nos NASF. A análise foi obtida através de frequência absoluta dos dados.

Resultados

Foram entrevistados nove profissionais de diferentes NASF da microrregião de Paranaíba, que possuem tempo de atuação no NASF variando de três meses a três anos de trabalho.

Foi analisado se durante o tempo de trabalho no NASF o profissional havia realizado alguma capacitação, visto que essa capacitação é necessária para o fortalecimento das práticas diárias do serviço melhorando a qualidade da assistência prestada, e todos os profissionais haviam realizado alguma atualização.

Acerca do conhecimento sobre a ferramenta tecnológica PTS, somente dois entrevistados demonstraram clareza de ideias e entendimento sobre a ferramenta, contudo sete nunca ouviram falar sobre PTS ou explicavam algo que não dizia a respeito da ferramenta.

A vista disso, profissionais do NASF que desconhecem a ferramenta não atendem corretamente a demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, não há definição de propostas de ações em saúde e desenvolvimento das ações de promoção a saúde e integralidade do cuidado.

Conclusão

Este estudo corrobora com a necessidade de conhecer e se aperfeiçoar de forma a utilizar efetivamente as ferramentas tecnológicas do NASF.