Introdução:A gestão de serviços de saúde é acometida com escassez de recursos humanos, em especial, profissionais médicos que tenham disponibilidade para atuarem em municípios do interior. Mato Grosso do Sul vem inovando com uma parceria entre tomadores de decisão: Faculdade de Medicina/UFMS, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de Sidrolândia e São Gabriel D’oeste.

Descrição da Experiência:Desde 2010, os acadêmicos do 6º ano de medicina realizam o internato de Saúde da Comunidade  em rodízio de cinco grupos de 9 semanas, com o objetivo de despertá-los às atividades de medicina de família, estimulando-os à interiorização, por meio de vivências e formação de vínculos em diversos cenários de práticas. O objetivo desse estudo foi analisar o impacto do processo de Interiorização do internato médico em saúde da comunidade na formação médica generalista através de dados coletados de relatórios acadêmicos, preceptores e tutora durante o período 2010-2013.

Impacto: A) na ótica dos alunos: troca de aprendizado preceptores-acadêmicos, aplicação de conhecimentos teóricos, autonomia do aluno, conhecimento do usuário e comunidade, união das equipes, integralidade do atendimento; na ótica dos preceptores: a ajuda dos acadêmicos na resolução de casos, na liderança das ações educativas, o alcance das metas da equipe, a aprovação da população em relação ao atendimento pelos acadêmicos, a importância do trabalho em equipe e da intersetorialidade; na ótica da tutora: despertar para a estratégia de saúde da família, maior motivação para o internato no interior, empatia com o usuário.

Considerações Finais:A Interiorização do Internato médico em saúde coletiva mostra-se como uma ação inovadora por trazer diversificação de cenários de aprendizagem e vem contribuindo para a formação do perfil de médico generalista e de consciência social dos problemas de saúde da comunidade e da rotina das equipes de saúde da família.