Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Assistência pré-natal no controle da sífilis congênita
ANDREZZA ALVES DIAS, LIDIANE NOGUEIRA REBOUÇAS, JHENNIFER DE SOUZA GÓIS, JHÉSSICA DE SOUZA GÓIS

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A sífilis congênita caracteriza-se pela infecção do feto em decorrência da passagem do Treponema pallidum pela placenta. Apesar do seu fácil diagnóstico e tratamento, por meio da realização do VDRL e a administração de penicilina, respectivamente, esta se configura como um importante problema de saúde pública. No Brasil, a doença apresenta-se cada vez mais incidente. Entre 1998 e 2009 foram declarados, através do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), 1.249 óbitos por sífilis congênita. Entre janeiro de 2000 e junho de 2010, foram notificados 54.141 casos em menores de um ano de idade, demonstrando, assim, a magnitude do problema. Ressalta-se que esse número pode ser ainda maior, pois muitos casos são constantemente subnotificados, apesar de esta ser uma doença de notificação compulsória. Em relação à sífilis na gestação, foram notificados 29.544 casos entre os anos 2005 e 2010. A maior incidência ocorreu nas Regiões Sudeste e Nordeste, com 9.340 (31,6%) e 8.054 (27,3%) casos, respectivamente. A taxa de detecção para o país, no ano de 2009, foi de 3,0 casos por 1.000 nascidos vivos. Diante de tais constatações, o presente estudo objetivou investigar a associação de evidências da assistência pré-natal como ferramenta no controle da sífilis congênita no Brasil. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Pesquisa exploratória de caráter bibliográfico, realizada de dezembro de 2014 a março de 2015 com os descritores: “sífilis congênita”, “cuidado pré-natal” e de “gestantes” na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram incluídas publicações entre 2009 e 2014, nos idiomas português, inglês e espanhol, com textos gratuitamente disponíveis na integra, que retratassem resultados referentes à temática proposta ao Brasil. Foram excluídos artigos repetidos e que retratassem resultados de outros países. RESULTADOS: Foram encontrados 25 artigos, dos quais apenas cinco foram eleitos para compor a amostra. Desses, um correlacionou com a cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e a razão dos casos de sífilis de acordo com as cinco regiões brasileiras, outros dois analisaram a incidência dos casos por estados e os dois últimos analisaram realidades de unidades básicas e de maternidades públicas. Após a análise, ficou evidente a importância do reconhecimento da sífilis congênita como um importante problema de saúde pública por todas as esferas do governo, pelos profissionais da saúde e pela população em geral, com o objetivo de colocar em práticas as políticas públicas de saúde voltadas para o seu controle e criar políticas mais eficientes. É premente que existam várias equipes de ESF suficientes para abranger todo o território nacional, com profissionais da saúde proativos. Dentre estes, destaca-se principalmente o enfermeiro, visto que a partir de ações adequadas baseadas no conhecimento técnico-científico, podem interferir diretamente no controle da sífilis congênita, a partir de uma assistência pré-natal de qualidade, integral e humanizada, e buscando sensibilizar a população quanto à relevância do controle dessa doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em todos os estudos pôde-se perceber a necessidade premente de ações de controle na transmissão e no tratamento da sífilis.

Palavras-chave


Sífilis congênita; Cuidado pré-natal; Gestante.