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O presente trabalho tem como proposta o relato de experiência vivenciada durante o Estágio obrigatório no Eixo de Promoção, Vigilância e Educação da Saúde do Bacharelado em Saúde Coletiva da UFRGS, com duração de 300 horas. O estágio aconteceu no Conselho Municipal de Saúde do município de Porto Alegre/RS e dentre as atividades desenvolvidas estava à participação das plenárias dos Conselhos Locais, Distritais e Municipais e a participação da Conferência Municipal de Saúde. Para melhor compreensão da dinâmica de participação social foi escolhido um distrito sanitário do município para acompanhamento. Através da participação nas plenárias percebe-se que há uma crise em relação à participação social no SUS. Não há dúvida que estas instâncias representam possibilidades de gestão participativa e trazem melhorias para o campo da saúde. Porém, há fragilidades que merecem destaques e estão relacionadas: a baixa representatividade, participação dos mesmos membros nos espaços e grupos organizados dominando discursos e advogando em causas próprias. Além disto, há inúmeros atores com acesso a informação, conhecimento e posições diferentes que inúmeras vezes esquecem a importância da troca e cooperação entre eles. A pouca participação dos profissionais de saúde chamou atenção e poderá estar relacionada à falta de tempo e também ao descrédito no Estado e nas possibilidades de mudanças não havendo um incentivo moral para a mobilização social. Sendo assim, é necessária a construção de uma identidade social, uma utopia como forma de mobilização e visualização de quais objetivos pretende-se alcançar de maneira coletiva.