Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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INTERVENÇÕES EM SAÚDE COM UMA ÓTICA DA PROMOÇÃO EM SAÚDE
Fernanda Cardoso da Silva Feijó

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


Ao discutir promoção em saúde, logo vem o conceito de prevenção, que é constituído por atividades direcionadas à “transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando nos seus estilos de vida e localizando-os no seio das famílias e, no máximo, no ambiente das culturas da comunidade em que se encontram.” (BUSS, 2000). No Bacharelado em Saúde Coletiva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os alunos têm a oportunidade de a experiência da práxis de intervenções em saúde, no quinto semestre e no sexto semestre. A proposta é originada pela Unidade de Produção Pedagógica – Unidade de Promoção e Educação da Saúde, no qual é discutida uma promoção em saúde fundamentada como campo de conhecimento e de prática, para a qualidade de vida (BUSS, 2000). A definição de qualidade de vida, refletidas ao longo da UPP de Promoção e Educação da Saúde, é transversalizada ao longo do curso, no qual é definido como estratégias e operacionalização intersetorial, pois a qualidade de vida está ligada com as condições sociais, ambientais, psicossociais e econômicas. Conceituar saúde é conceituar a qualidade e bem estar de vida, no qual já é sabido que saúde não é necessariamente a ausência de doença. Para elaborar bases conceituais e políticas da promoção da saúde, destacaram-se quatro conferências internacionais de promoção da saúde, OTTAWA (1986), ADELAIDE (1988), SUNDSVALL (1991) e JACARTA (1997). Diante à conceituação e apropriação do conhecimento, os alunos foram desafiados a por em prática esta sapiência, a qual discutiria noções básicas do território e a consciência territorial, assim como o reconhecimento de território, planejamento estratégico situacional (comunicativo), educação popular em saúde e elaboração de projeto de intervenção. Com estas bases, no quinto semestre os alunos fizeram um reconhecimento territorial e realizaram intervenções no território do centro histórico de Porto Alegre, nos arredores do mercado público, cuja ideia central era coletar informações, previamente estruturadas em questionários semi-abertos. Depois, se elaborou a partir das respostas coletadas uma intervenção em saúde, cujo nó crítico para este território teve o resultado “a dificuldade de acesso à atenção básica e demais serviços de saúde públicos.” Foram realizadas visitações regulares as casas de passagem João de Barro e Quero-Quero, no qual uma visão de criar vínculo e analisar as demandas destes jovens foi avaliada com as conjunturas do contexto e vulnerabilidade social. A partir destas experiências foi possível formular um “know-how”, cujo impacto na formação de futuros profissionais de saúde é imensurável.

Palavras-chave


Intervenção, território, promoção de saúde, formação

Referências


Buss, Paulo Marchiori. Promoção da Saúde e Qualidade de Vida.Ciência e Saúde Coletiva, v.5(1),p.163-177, 2000, Rio de Janeiro.

Heidmann, Ivonete T.S. Buss, et al. Promoção à Saúde: Trajetória Histórica de suas Concepções. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Abr-Jun; 15(2):352-8.