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INTRODUÇÃO: A gestão em saúde é um campo com grande necessidade de profissionalização, é complexa à medida que há uma forte ingerência de diferentes determinantes sociais. Uma vez que a formação do gestor da saúde tem impacto direto sobre a qualidade dos serviços prestados. O desenvolvimento da gestão em saúde em municípios de pequeno porte apresenta fragilidades como a falta de uma base técnica para o desempenho da função. No Paraná, 84,5% dos municípios que fazem parte da Macrorregião Norte são de pequeno porte, ou seja, possuem população abaixo de 20.000 habitantes. OBJETIVO: analisar o preparo da equipe gestora da saúde do SUS para o exercício da gestão nas cinco Regionais de Saúde, que compõem a Macrorregião Norte do Paraná. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo e exploratório que entrevistou 744 profissionais de saúde, que integram a equipe de gestão dos 82 municípios de pequeno porte que compõem a Macrorregião Norte do Paraná. A coleta de dados foi realizada entre novembro de 2013 a outubro de 2014, por meio de  um formulário semiestruturado. Para a análise dos dados utilizou-se o programa Epi Info versão 3.5.4. Este trabalho faz parte de um projeto maior denominado “A gestão do trabalho no SUS em municípios de pequeno porte do Paraná a partir do olhar da equipe gestora”. RESULTADOS: Do total de 744 entrevistados, 71% possuíam ensino superior completo, 60% graduados na área da saúde, 58% com pós-graduação, 96,4% eram lato sensu e destes 3,8% em gestão na saúde e 0,6% em gestão em saúde pública, 1,5% referiram pós-graduação stricto sensu. Quanto ao número de funções 70,1% dos gestores exerciam até 2 funções e um gestor referiu exercer 14 funções. O tempo médio de atuação na área da saúde foi de 11 anos, 53% possuíam até três anos de atuação na função e destes 57,3% possuíam até três anos de atuação na saúde, sendo que 75% dos trabalhadores não possuíam experiência anterior ao cargo atual na função de gestão. Quanto autopercepção de preparo para desempenho da função de gestão no município, 64% dizia estar integralmente preparado para exercer a função e 33,6% parcialmente preparado. Em relação à obtenção deste preparo para o cargo, 77% dos profissionais citaram experiência no cotidiano do serviço e 60% mencionaram cursos oferecidos pela Regional de Saúde. CONSIDERAÇÕES: Sabemos que quanto mais funções o gestor desempenhar, maiores serão o preparo e qualificação exigidos. A vivência no dia a dia e os cursos oferecidos pelas Regionais de Saúde, como Oficinas de Planificação da Atenção Primária, foram referidos pelos entrevistados como responsáveis para obterem o preparo para desempenho da função. Verifica-se a importância de se valorizar e criar espaços que oportunizem a equipe gestora  a refletir sobre o seu processo de trabalho, quer estes sejam desencadeados pelo Município, Estado, União, ou mesmo pelas Instituições de Ensino. São requisitos de um movimento de mudança que contribui para o desempenho da gestão.      

capacitação profissional; gestor de saúde.