Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A UTILIZAÇÃO DA PALHAÇOTERAPIA EM AMBIENTE HOSPITALAR: ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE INFANTIL
Vanessa Peres Cardoso Pimentel, Teresa Kariny Pontes Barroso, Patricia Alves Maia, Clarissa Coelho Vieira Magalhães, Gustavo Rodrigo Sousa Silva, Mara Milvia Pontes Melo Resende

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


INTRODUÇÃO: O desenvolvimento humano é um processo de crescimento importante, onde acontecem o surgimento de características de cada ser humano e a fase infantil é um momento de grandes transformações físicas, sociais e psíquicas. Quando o organismo infantil desestabiliza e o torna sensível e vulnerável a doenças, o processo de hospitalização é quase inevitável, fazendo com que este, seja o ambiente mais adequado, onde possibilita cuidados especializados para uma rápida reabilitação. Nesse momento, a criança está exclusa do seu ambiente familiar, longe dos amigos, impossibilitada de momentos alegres, como brincar e os sentimentos de estresse e tristeza começam a surgir e por vezes, dificulta no desenvolvimento de determinados cuidados. A utilização do palhaço como ferramenta na palhaçoterapia é uma estratégia de interação e comunicação efetiva ao mundo infantil. Ele é capaz de satirizar as fragilidades presentes, deixando-as mais leves e ajudando no processo de promoção e humanização. Ser profissional da Saúde é além de encontrar e cuidar das doenças ou ter um domínio técnico e científico afiado. É a arte de distinguir a criança que está buscando seu amparo, através da construção do sorriso. OBJETIVO: Relatar a experiência de profissionais da saúde com a figura do palhaço no processo de humanização e promoção à saúde Infantil. METODOLOGIA: Estudo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado em uma Instituição de Saúde Pública em Fortaleza-CE no período de Agosto, Setembro e Outubro de 2015, durante programa de voluntariado através do vínculo de uma organização não governamental. RESULTADOS: Ao chegar à instituição, ocorre concentração em um local reservado para a construção do palhaço. A equipe é dividia de acordo com o número de quartos e leitos ocupados em trio ou dupla. São instruídas algumas regras no momento do ato, como lavar as mãos ao chegar ao setor, quando entrar no quarto e ao sair, não encostar-se aos leitos, não brincar com a criança no chão, realizar assepsia dos materiais utilizados na interação possibilitando o contato com a criança, não oferecer doces e se divertir bastante. As atividades utilizadas são de acordo com a idade e interação que a criança apresenta, sempre identificando com as enfermeiras responsáveis, as debilidades especiais como quarto em isolamento, utilização de sondas ou catereres. As atividades utilizadas são através do ludísmo com musicoterapia, mágica, contações de história, bolinhas de sabão, adereços como fantoches, bichinhos de plástico e entre outros. É notório o avanço em determinados quadros como choro se torna alegria, a falta de fome se torna em fome, a contenção no leite se torna em uma viagem no mundo mágico e a timidez se torna em desinibição e sombra dos palhaços até o final do ato. CONCLUSÃO: Sendo assim, perceber o outro, requer uma atitude intensamente humana e promover a humanização requer entender e reconhecer valores, deveres e direitos das relações e do cuidado ao outro. O palhaço, desde suas origens e significados, podem estar inseridos dentro de um contexto hospitalar e seus benefícios ao próximo, transmitindo sorriso, alegria e atenção de forma humanizada ao ser fragilizado. 

Palavras-chave


Profissionais da Saúde; Promoção da Saúde; Palhaçoterapia

Referências


LIMA, RAG et al . A arte do teatro Clown no cuidado às crianças hospitalizadas. Revista da Escola deEnfermagem, São Paulo, USP, v. 43, n. 1, mar. 2009.

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MITRE, RMA; GOMES R. A promoção do brincar no contexto da hospitalização infantil enquanto ação desaúde. Ciência Saúde Coletiva, v. 9, n. 1, p. 147-54. 2004.