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A formação em saúde vem proporcionando mudanças nos últimos anos. A implantação das diretrizes curriculares possibilitou a universidade pensar um profissional de saúde mais crítico, reflexivo e comprometido com a realidade social. O desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, nos últimos 30 anos, vem caminhando apontando caminhos sobre esse novo profissional de saúde que está se inserindo no espaço territorial da saúde da família, apreendendo novas formas de fazer e agir no processo de cuidado. Neste sentido, e guiado por movimentos incentivados pelas políticas de re-orientação da formação em saúde, urge uma necessidade de pensar um profissional de saúde integrado e comprometido com as reais necessidades do povo brasileiro. Assim, a inserção no campo da atenção básica vem convidando um olhar mais politizado e com aspectos que possibilitam a participação mais ativa desses profissionais na vida das pessoas. O objetivo deste trabalho é apresentar as experiências da Formação de Profissionais de Saúde oferecidas na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), considerando a implantação do PRO-SAUDE nos cursos de Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem e Educação Física. Neste sentido, a formação em saúde da UESPI vem se adaptando aos processos que estão sendo disparados desde então a nível nacional. Através de uma aproximação com metodologias ativas que focalizam a formação buscando uma aprendizagem significativa; o uso da Educação Permanente e de conceitos da Educação Popular tem contribuído com os movimentos de ensino-aprendizagem, possibilitando o desenvolvimento de um profissional capaz de realizar uma leitura mais aproximada com o contexto de sua inserção, diminuindo a distância do mesmo com o indivíduo, ao mesmo tempo em que fortalece os vínculos entre o profissional e a população. Na experiência desenvolvida na UESPI, a disciplina integrada de Educação em Saúde, o PET-SAUDE Controle Social e a Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade tem conseguido integrar conceitos, vivências e práxis que empoderam os envolvidos na construção de um olhar mais ampliado da prática. A utilização de ferramentas que envolvem os movimentos da cartografia de cada sujeito envolvido, o conjunto de afecções despendidas durante os encontros semanais, além dos portfólios descritivos, teóricos e reflexivos individuais desenvolvem sujeitos mais autônomos e capazes de serem mais ativos diante dos problemas do território social experimentado. As experiências atuais caminham para o fortalecimento de uma formação em saúde mais dinâmica que se constroem com as nuances de cada experiência e espaços vivenciados. Observa-se que o comprometimento dos profissionais de saúde formados dentro desse processo percorre além da linha tênue da prática pela prática. Estes auxiliam no desenvolvimento do Controle Social, fortalecem as redes comunitárias e a intersetorialidade no âmbito das políticas públicas. Assim, a formação profissional proposta contribui para o fortalecimento de uma formação mais crítica e focada no desenvolvimento social do sujeito.

PROSAUDE; Formação em Saúde; Docência na Saúde;