Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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15ª Conferência Nacional de Saúde: Onde queremos chegar?
Priscylla Alves Nascimento de Freitas, Israel Dias de Castro, Luciana Maria Pereira de Sousa, Geísa Dias Wanderley, José Félix de Brito Junior

Última alteração: 2015-11-04

Resumo


O Controle Social é um direito constitucional conquistado através de lutas e resistência da população brasileira e movimentos sociais. Na saúde, a participação popular se dá em duas instâncias: os Conselhos nacional, estaduais e municipais  e as Conferências, no qual ocorrem a cada quatro anos. Historicamente,  espaços de Controle Social na saúde foram símbolos de resistência na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), contra os avanços neoliberais no país. No entanto, nos últimos anos é possível notar algumas mudanças na composição dos Conselhos e nas posições tiradas nas Conferências de Saúde. A 14ª Conferência Nacional de Saúde, com sua sintomática Carta de Brasília, mostrou que a única alternativa ao SUS é a organização popular. Assim, com a aproximação da 15ª Conferência Nacional de Saúde, surgiu a necessidade de uma constante avaliação de onde estamos, onde queremos chegar e de que forma conseguiremos alcançar o modelo de saúde defendido desde a Reforma Sanitária. Assim o texto se propõe a buscar reflexões e perspectivas dos movimentos sociais de saúde. Este trabalho é um relato de experiência, qualitativo e descritivo de um grupo de militantes do Fórum Paraibano em Defesa do SUS e Contra as Privatizações nas etapas locais da 15º Conferência Nacional de Saúde. As etapas foram acompanhadas de perto pelo grupo desde as Conferências Distritais da capital João Pessoa (ocorridas em maio) até a Conferência Estadual da Paraíba (ocorrida em setembro). Para além das conferências institucionais, o Fórum promoveu conferência livre no início do ano com o objetivo de mobilizar a população para ocupar os espaços das conferências. Essa experiência permitiu uma percepção de como tem se organizado o movimento de saúde na Paraíba. É notável o aumento da participação popular nos espaços de controle social em saúde. No entanto, de que forma essa participação se dá e até onde ela é efetiva é algo que precisa ser analisado e discutido por todos os movimentos sociais que se colocam em defesa de um SUS nos moldes da Reforma Sanitária, do povo e para o povo brasileiro.

Palavras-chave


Movimento Estudantil; Reforma Sanitária;Conferências de Saúde