Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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ESTÁGIO NACIONAL DE EXTENSÃO EM COMUNIDADES NO QUILOMBO GURUGI: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Maria de Araújo Loiola, Taliane Domingos Lima, Verônica Maria Santana Ferreira

Última alteração: 2016-01-06

Resumo


APRESENTAÇÃO: A necessidade de diálogo entre universidade e comunidades impulsiona o trabalho de extensão comunitária com grupos subalternos, escravos do capitalismo e marginalizados no modelo de sociedade vigente. Inserir estudantes de graduação em atividade de extensão popular em comunidades do estado da Paraíba. O Estágio Nacional de Extensão em Comunidades, da Universidade Federal da Paraíba, possibilita este diálogo através da imersão de acadêmicos em famílias quilombolas, colônias de pescadores e assentamentos rurais. Teve como objetivo inserir estudantes de graduação em atividade de extensão popular em comunidades do estado da Paraíba. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este é um relato de experiência de uma atividade de extensão no II Estágio Nacional de Extensão em Comunidades (ENEC), promovido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através do Departamento de Promoção de Saúde do Centro de Ciências Médicas e do Programa Interdisciplinar de Ação Comunitária (PIAC) da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (PRAC), no uso das suas atribuições como instituição promotora do Programa VEPOP-SUS- Vivências de Extensão em Educação Popular e Saúde no SUS, com apoio do Ministério da Saúde, Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde (CNEPS) e Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) e no contexto da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS (PNEPS-SUS). O estágio é realizado a luz da metodologia O estágio contou com a participação de 17 acadêmicos da área de saúde de diversas universidades públicas e particulares do país. correu no período de 01 a 16 de julho de 2015 no Estado da Paraíba. A pré-vivência foram três dias de aproximação com a extensão popular e de aprofundamento na educação popular. A vivência se deu em 12 dias de imersão em uma comunidade quilombola da Paraíba. RESULTADOS: A interação com a família e comunidade possibilitou a identificação de fragilidades como dificuldade de acesso a serviços de saúde e potencialidades como o amplo acesso a cultura e lazer. O Quilombo foi forjado O Gurugi é uma comunidade forjada por negros que ocuparam e transformaram o território no período da escravatura e também no pós. As lutas marcaram sua história e possui características de um povo que não fecha os olhos para os litígios sociais e algozes que massacraram a comunidade. Em diálogo com a família e a comunidade foram realizadas as seguintes ações: reunião com a Equipe de Saúde da Família para fortalecimento das ações de educação em saúde na comunidade; educação popular em saúde no contexto familiar sobre condições de saúde e doença do grupo; reuniões com líderes comunitários para o fortalecimento dos espaços de manifestação cultural como um ponto de confraternização e vivenciação da cultura na comunidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A vivência possibilitou a troca de saberes sem sobreposição de um ao outro, mas uma completude que só possível numa relação dialética com a comunidade onde se tem a convicção de que ensinar exige todos os capítulos da Pedagogia Freireana e sentimentos de amor e solidariedade, além de compromisso com as demandas sociais. 

Palavras-chave


Extensão; quilombolas; educação

Referências


MELO NETO, J.F. Extensão popular. 2 Ed. João Pessoa. Editora UFPB, 2014.

MELO NETO, J. F. Extensão universitária- em busca de outra hegemonia. Revista de Extensão (PRAC/UFPB), João Pessoa. Editora UFPB, 1996.

FREIRE, P. Que fazer- Teoria e Prática em Educação Popular. 13 Ed. Petrópolis. Editora Vozes, 2014.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia- Saberes necessário à prática educativa. 38 Ed. São Paulo. Editora Paz e Terra. 1996.