Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS PARA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO CLÍNICO PARA DIABETES MELLITUS
Augusto Fernando Santos de Lima, Plínia Manuella de Santana Maciel, Kesia Valentim do Nascimento, Priscila Rossany de Lira Guimarães Portela, Laís de Souza Monteiro, Juliana dos Santos Lima, Wellington Bruno Araújo Duarte, Paulette Cavalcanti de Albuquerque

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


INTRODUÇÃO: As doenças crônicas ganham atenção especial para a atenção primária e organização de redes, devido ao grande impacto humano, social e financeiro que vem causando nos últimos anos. A discussão internacional e nacional é acerca da necessidade de fortalecer a capacidade dos sistemas de saúde e as habilidades dos profissionais para o manejo integrado das doenças crônicas e de seus fatores de risco. Objetivos. Identificar a classificação de risco clínico e as recomendações acerca da periodicidade de consultas e exames preconizados no cuidado da população que vive com DM, e elaborar parâmetros para o planejamento e assistência desses sujeitos com DM. METODOLOGIA: O Grupo de Pesquisa RIS realizou anteriormente uma análise documental de protocolos publicados entre 2006 e 2012, através de pesquisa nas bases de dados eletrônicas dos municípios brasileiros de grande porte. Foram elegíveis os protocolos assistenciais e clínicos, que contivessem informações referentes à classificação de risco clínico e/ou recomendações sobre tipos e periodicidade de exames e consultas no cuidado integral do paciente diabético. Para este estudo foi realizada uma atualização documental, entre 2013 e 2014, e incluídos protocolos do Ministério da Saúde (2013), da Sociedade Brasileira de Diabetes (2014) e da Associação Latino-americana de Diabetes (2013). RESULTADOS: Observou-se que todos os protocolos incluídos nesta atualização priorizam aspectos clínicos, referentes ao diagnóstico e tratamento do DM, em detrimento a questões organizacionais no processo de cuidado da doença. Apenas 20% dos protocolos demonstraram que a organização da atenção e o acompanhamento assistencial do indivíduo diabético deveriam considerar a estratificação de risco frente à doença. A atualização dos protocolos clínicos subsidiou a construção da matriz de risco clínico de DM. A matriz traz a classificação dos riscos em “baixa, média, alta e muito alta complexidade”, com dados clínicos que direcionam o paciente para cada classificação. CONCLUSÕES: O número baixo de protocolos que tratam dos aspectos clínicos do DM evidencia a necessidade de aprimoramento das condutas e interesse acerca da doença. A validação da Matriz de risco obtendo as contribuições de profissionais da saúde, como primeira etapa do método trouxe reflexões acerca da temática de interesse. Os resultados desta agora passam por análise estatística para subsidiar o questionário para a segunda rodada do método DELPHI.

Palavras-chave


Diabetes; Risco clínico