Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A METODOLOGIA PBL (ABP) NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Sabrina Weiny da Silva, Ruth Daniele Pereira Mota, Ingrid Jaqueline Leopoldino

Última alteração: 2015-11-12

Resumo


A metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia ativa, em que há foco no discente, a qual vem sendo adotada, principalmente, pelos países da América e outros vêm implementando em atividades curriculares. São diversas as vantagens do método para os estudantes e sociedade. Fora levantado neste resumo diferenças e semelhanças entre as metodologias de problematização e PBL e como essa última têm surtido efeitos na educação em saúde na Universidade Federal de Sergipe/ Campus Lagarto. A metodologia de problematização é baseada no Arco de Charles de Maguerez, com etapas de observação do real, pontos-chave, teorização, propostas de solução e aplicação à realidade.  É indicada para todos os assuntos relacionados à vida em sociedade, prestação de serviços à comunidade, porém em alguns casos, não é o melhor método, como em situações mais teóricas, que não envolvem ações de intervenções. Em suma, os alunos observam a situação de determinado local, observam os problemas e os pontuam, teorizam e propõe ações, a fim da resolubilidade desses impasses, levando em conta as determinantes sociais. As variáveis que determinam as problemáticas são estudadas a fundo, propondo um estudo bem mais completo, criterioso, crítico e complexo. Na teorização, há a busca de informações, em artigos, congressos, aulas, pesquisas em diversas fontes, com um enorme enriquecimento científico, e a elaboração das hipóteses traz à tona a criticidade dos alunos, observando os problemas por diversos ângulos para a melhor aplicação à realidade e sua execução. Este método leva à cadeia dialética sobre a ação-reflexão-ação, tendo como partida e chegada, o ensino e aprendizagem, a realidade social. É um estudo tecno-sistematizado, voltado ao aluno/ ser - humano, para melhorar o seu redor. São diferentes trilhas, pois o PBL é a elaboração da grade curricular de certo curso, adequando-a em problemas bem elaborados que abranjam toda a gama de conhecimentos que o aluno deve adquirir, para discussão em um grupo tutorial. O aluno é preparado a lidar com problemas hipotéticos e casos clínicos, leem o problema, discutem em tutorial, norteando objetivos a serem estudados, esclarecem termos, propõe hipótese críticas, estudam via pesquisa profunda individual também e solucionam em outro tutorial. São diversas avaliações: módulo, conhecimento progressivo, habilidades e avaliações informais das atitudes discentes. Existem Comissões de Currículo, Avaliação, Diretoras e de Proposição de Problemas. A problematização é uma forma de ensino mais voltada à disciplina, envolvendo a escolha do docente, enquanto o PBL a um curso completo, abrangendo uma estrutura um corpo docente, técnico-administrativo e discente. O PBL exige alteração e adequação da estrutura e espaço institucional, enquanto a de problematização não. Os problemas são comuns nas duas propostas, mas a análise deles são feitas diferentemente. A PBL é bem organizada, sequenciada, restringindo os aspectos subjetivos, a fim de manter o foco do estudo e há controle total sobre a aprendizagem. Corroborando toda a discussão levada acima, o PBL inserido na UFS/ Lagarto traz aos alunos experiências singulares e um aprendizado inovador, com retorno imediato à sociedade.

Palavras-chave


metodologia ativa; PBL; educação em saúde

Referências


BERBEL, N. N.: “Problematization” and Problem-Based Learning: different words or different ways? Interface — Comunicação, Saúde, Educação, v.2, n.2, 1998.