Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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“Tem hora que a gente se pergunta por que é que não se junta tudo numa coisa só?” : programa mais médicos para o Brasil : caminhos da intersetorialidade
Isabel Emilia Prado da Silva, Jeane Félix

Última alteração: 2015-11-12

Resumo


Como Trabalho de Conclusão de Curso, me propus a narrar experiências vividas ao longo da minha trajetória profissional como Especializanda do curso em Saúde Coletiva e Educação na Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, cujas atividades de imersão aconteceram no Departamento de Atenção Básica, do Ministério da Saúde (MS), e como Apoiadora Institucional, do Projeto Mais Médicos para o Brasil, no Ministério da Educação (ME). Além do desejo de “juntar tudo numa coisa só” tive, neste trabalho, como objetivo descrever como a intersetorialidade está sendo operacionalizada entre os campos da saúde e educação para o aprimoramento do Programa Mais Médicos. Para isso utilizo dois caminhos metodológicos, quais sejam: pesquisa documental e autonarrativa. Ao final da pesquisa, observei que as demandas trazidas do território e o desejo dos profissionais envolvidos em fazer o Projeto acontecer vem modulando as diretrizes e definindo os papéis de cada ator. Ser apoiador institucional do MS envolve um conjunto de atribuições completamente diferentes do conjunto de atribuições do apoiador institucional vinculados ao ME. Tudo isso, em um mesmo Projeto. O que não é necessariamente algo ruim. Podemos dizer, inclusive, que é importante que assim o seja, pois cada setor dispõe de um conjunto de atribuições e expertises particulares e com contribuições diferentes. Isso não impede que esse caminho seja traçado de forma paralela e conjunta, utilizando a intersetorialidade como uma ferramenta que pode propiciar o diálogo e a construção coletiva no âmbito do Projeto. Ter a oportunidade de refletir e escrever sobre este assunto, sem dúvidas, agregou conhecimentos que antes pareciam dispersos na minha construção acadêmica. Posso dizer que, ter esses conceitos e processos mais sedimentados e sistematizados, me munem hoje de argumentos para disseminar a importância do fazer intersetorial que otimiza ações, saberes e recursos para um bem comum.

Palavras-chave


Saúde; Educação; Intersetorialidade; Projeto Mais Médicos para o Brasil

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