Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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CASUÍSTICA DE PACIENTES COM HANSENÍASE ATENDIDOS NO SETOR DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL SÃO JULIÃO
Marilena Infiesta Zulim

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A hanseníase manifesta-se por meio de lesões na pele e nos nervos periféricos, podendo causar deformidades. Esta doença é responsável, também, pelo estigma e preconceito. Segundo a OMS, o Brasil está entre os países mais endêmicos para a doença no mundo, com 33.955 novos casos em 2011 e apesar da redução da prevalência no decorrer dos anos, a hanseníase continua sendo um problema de saúde pública no país. O objetivo deste trabalho e realizar um estudo retrospectivo de caráter quantitativo com pacientes atendidos no setor de Fisioterapia do Hospital São Julião, Campo Grande, MS. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Avaliou-se o grau de incapacidade física em relação ao diagnóstico  e acompanhamento (retorno) dos pacientes no período de janeiro a dezembro de 2012 a 2014. Foram incluídos neste estudo todos os pacientes em diagnóstico da hanseníase e em acompanhamento encaminhados ao setor de fisioterapia. Foram atendidos 1483 pacientes, 372 em diagnóstico e 1111 pacientes em acompanhamento, adotando-se como critério de exclusão, o não comparecimento dos pacientes. O instrumento utilizado nesta pesquisa foi uma ficha de avaliação pré- estabelecida pelo Ministério da Saúde, adaptada a nossa realidade e o monofilamento de Smmes- Weistein para avaliar a sensibilidade. Os dados foram colocados em gráficos utilizando Microsoft Office Excel 2007. RESULTADOSE/OU IMPACTOS: Houve um aumento de casos Multibacilares na fase de diagnóstico e nos acompanhamentos. No diagnóstico em 2012 foram 32 pacientes em 2013 39, e em 2014 64. Os pacientes em acompanhamento no ano de 2012 foram 496 em 2013 364 e em 2014 340. Os casos de hanseníase Paucebacilar em fase de diagnóstico no ano de 2012 foram 6 pacientes, 2013 5 e em 2014 3. Em 2012 obteve-se  33 paciente em acompanhamento, em 2013 30 pacientes, 2014 e em 2014 16 pacientes. Ocorreu um aumento do grau de incapacidade zero no diagnóstico em relação ao grau um e dois. Em 2012 obteve-se grau zero em 36 pacientes, grau um em 28 e grau dois em 6. Em 2013, grau zero em 24 pacientes, grau um em 14, grau dois em 3. Em 2014 grau zero em 36 pacientes, grau um em 28, e grau dois em 5.  Nos pacientes em acompanhamento, houve aumento do grau de incapacidade um em 2013 e 2014. Em 2012 predominou grau de incapacidade zero com 193 pacientes, grau um 156, grau dois 76. Em 2013 verificou-se grau zero em 54 pacientes; grau um em 166 e grau dois em 62. Em 2014 grau zero em 131 pacientes, grau um em 148, grau dois em 77. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo mostra que o diagnóstico precoce e adesão ao tratamento precisam estar aliados ao comprometo e a qualificação dos profissionais, visto que no diagnóstico predominou grau de incapacidade zero, muito embora os pacientes em acompanhamento tenham sido observados grau de incapacidade um, pois se trata de uma doença dermato-nerológica. Palavras Chaves: Hanseníase, Grau de incapacidade, Classificação Operacional.

Palavras-chave


Hanseníase, Grau de incapacidade, Classificação Operacional.

Referências


Ministério da Saúde(BR), indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase. Brasília: Secretaria de Vigilancia em Saúde; 2000-2011. Dados disponíveis em 24/04/2012.

Bilíoteca Virtual em Saúde do Ministerio da Saúde- www.saúde.gov.br/bvs