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INTRODUÇÃO: Trata-se de um projeto de pesquisa que busca refletir sobre a Comunicação de más notícias na unidade de Transplante de Células Tronco Hematopoéticas – TCTH e dimensionar o impacto social dos pacientes (adultos e infanto-juvenis) e cuidadores no processo de tratamento, diante de vários aspectos desfavoráveis e complexos, com repercussões psicossociais, relacionadas à doença e à saúde. Ressaltamos o protocolo SPIKES, que nos auxilia por seis etapas a redesenhar a pratica profissional no momento de transmitir más notícias; para pacientes com progressões/ agravamentos e sequelas de doenças crônicas ou agudas. A relevância deste estudo é perceptível em várias circunstâncias, dentre elas a de aceitar a finitude. Desse modo, uma tarefa do cotidiano, frequente e estressante vivenciada pelos profissionais dos Centros transplantadores, passa a ser repensada e tida como uma tarefa desafiadora de toda Equipe, de forma clara e verdadeira, sem perder a objetividade e a sensibilidade diante do paciente e seus familiares/ cuidadores. Tendo em vista o contínuo desafio do profissional de saúde em aglutinar vários olhares e saberes, torna-se relevante a discussão da subjetividade nas práticas das ciências da saúde. OBJETIVO: Descrever a vivência dos usuários e a intervenção do Assistente Social na equipe interdisciplinar, no campo oncológico de uma instituição pública de Saúde federal/RJ, no que se refere à utilização e aplicação do protocolo, como instrumento de estudo e apoio, conforme dispõe a literatura. Transmitir más notícias é também uma tarefa complexa de comunicação. Além do componente verbal de dar de fato uma má notícia, requer outras habilidades que vão além do estado físico. METODOLOGIA: A metodologia é de natureza qualitativa, da compreensão interpretativa da ação social na visão dos sujeitos, atores do objeto deste estudo. A proposta teórico-metodológica é a história oral, que consiste em focar naqueles que participaram ou testemunharam dessas experiências no TCTH, fornecendo dados sobre as mudanças em suas vidas. Utilizamos análise de conteúdo (Avaliação Social, questionários, prontuários inclusive), de forma a obter o conteúdo das mensagens e indicadores que permitam inferir conhecimentos relativos às condições de produção ou recepção dessas mensagens. Mensuramos “sentimentos/repercussões” relacionadas inclusive ao cuidar de quem cuida, aplicado no protocolo. CONCLUSÃO: Acreditamos que transmitir uma má notícia remete-nos à totalidade social, ou seja, por trás de cada “paciente” que ingressa numa unidade de saúde existe uma história de vida decorrente do meio em que ele está inserido. Assim, também é verdade que por trás de cada “profissional de saúde” também existe uma história de vida que vai influenciar nas suas reações diante da morte. O desafio que permanece é sempre o de aliar competência técnica com o ato de cuidar com ternura pela vida e pela sensibilidade ética.  

transplante; protocolo;comunicação