Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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VIVÊNCIA PRÁTICA DAS HABILIDADES MÉDICAS NO PRIMEIRO ANO DE MEDICINA PELOS OLHARES DOS ACADÊMICOS
RAFAELA PALHANO MEDEIROS PENRABEL, TÂNIA GISELA BIBERG-SALUM, RONNYEL DOS SANTOS PEREIRA, GABRIEL MONGENOT SANTANA MILHOMEM SANTOS, Antônio Eduardo Pereira

Última alteração: 2016-02-29

Resumo


O módulo de Habilidades Médicas I compõe o currículo do primeiro ano do curso de medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e faz o aluno desenvolver competências para o olhar de cuidado do paciente de maneira integral, por meio de prática médica que seja centrada na pessoa, de forma ampliada, utilizando-se de ações de promoção à saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação em todos os níveis de atenção à saúde, pautada nos princípios da ética e da cidadania. Com isso, o trabalho intenta verificar como o acadêmico de medicina percebe as aulas práticas desse módulo, logo em seu primeiro ano de faculdade. Trata-se de um relato de experiência, feito através de respostas dadas a um questionamento. Aos vinte e seis (26) primeiranistas que participaram da pesquisa, foi indagado a respeito de suas visões das atividades realizadas em Habilidades Médicas, no âmbito de potencialidades, de dificuldades e fragilidades, e também foram requisitadas sugestões objetivando melhoras. Para cada um dos três itens mencionados, era necessário que fossem fornecidas três respostas. Os resultados se deram de formas diferentes, todavia, quase sempre, com as mesmas linhas de raciocínio. Das potencialidades, pode-se perceber que o estudante considera que, futuramente, o contato precoce com o paciente, e com diversos cenários de saúde que simulam a tão sonhada carreira médica (hospitais, asilos, Unidades de Saúde), somado ao alto teor prático das aulas e à valorização do conteúdo de comunicação e empatia, levará a uma maior confiança e humanização em sua vida profissional. Já nas dificuldades, transpareceu-se a preocupação do acadêmico com as bases teóricas na prática, além do próprio aperfeiçoamento técnico-prático, muitas vezes sendo citada a insuficiente carga horária do módulo, devido a toda sua abrangência e densidade. Também houve relatos da dificuldade de adaptação ao método avaliativo, o que poderia levar, como mencionado, a um possível amadurecimento forçado, além das saídas a campo sem um tempo suficiente para treinamento prático prévio. Consequentemente, as sugestões de aumento, tanto na abordagem teórica quanto na prática – seja através de oficinas, aulas expositivas, dialogadas, ou demonstrativas - se sobressaíram. E mais: foi pedida uma maior presença e orientação dos professores do módulo, a fim de que haja um aprendizado ainda mais valioso e definitivo. Sendo assim, é possível enxergar que o módulo de Habilidades Médicas está presente na construção gradativa de cada um de seus alunos, tornando-os seres ativos e mais humanizados na sociedade. Por fim, também se constata que todo esse aprendizado proporciona uma maior proximidade de seus integrantes com as futuras vivências profissionais.

Palavras-chave


Medicina; Educação Superior; Estudantes de Medicina