Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Facilitação de cursos na Comunidade de Práticas: Educação Permanente em processo
Israel Dias de Castro, Maria Eneida de Almeida, Fernanda Ferreira Marcolino

Última alteração: 2015-11-09

Resumo


INTRODUÇÃO: O presente trabalho pretende expor um pouco da reflexão sobre a dinâmica dos facilitadores de cursos que atuam na plataforma colaborativa “Comunidade de Práticas” (CdP) do Ministério da Saúde. Trata-se de uma iniciativa que vem sendo construída desde 2012, que aglutina comunidades temáticas, relatos de experiência e cursos co-instrucionais, e favorece uma dinâmica e uma interação entre todos os profissionais de saúde inscritos na CdP, que somam mais de quarenta mil nos dias atuais. A Comunidade de Práticas pode ser considerada um espaço inovador e potente para a formação dos trabalhadores do SUS, ao considerar como premissa que a aprendizagem é um processo inerentemente social. Estamos conectados às novas tecnologias de informação e comunicação, por interesses compartilhados, seja por partilha do cotidiano coletivo ou individual, seja por reivindicações, seja por dúvidas ou mesmo busca por aquisição de conhecimento. Isso tudo está permeado pela noção de que aprendemos com o outro, pelo processo de interação e tudo de maneira horizontal. Assim norteamos nossa prática com elementos teóricos, tais como: aprendizagem colaborativa, conectivismo, inteligência coletiva e gestão do conhecimento. OBJETIVO: Compartilhar o processo de Educação Permanente que vem sendo desenvolvido pela equipe de facilitadores desse curso. DESENVOLVIMENTO: Vários são os cursos disponibilizados no espaço da CdP. Entre eles, o curso “Facilitação: promovendo interação em ambientes de aprendizagem colaborativa” é uma importante oportunidade de reflexão sobre o próprio trabalho de Facilitador de cursos dessa comunidade. O curso de Facilitação não se propõe a apresentar uma definição de como se deve ser a facilitação na própria CdP ou em outros ambientes com as mesmas características. Ele tem a intenção de proporcionar odes envolvimento de um processo colaborativo de aprendizagem, onde o conteúdo apresentado problematiza as ações de facilitação nos ambientes de interação e estimula a troca de saberes, a colaboração de todos os participantes e a reflexão sobre sua prática cotidiana. Resultados: Nesse sentido, o referido curso nos fez aprofundar o entendimento sobre os pilares teóricos da CdP, bem como começarmos uma rotineira análise sobre nossa própria atuação, refletindo sobre nossas abordagens, captando as reações dos usuários, compartilhando os caminhos, iniciativas e desenvoltura de como cada um lida e conduz seu processo de ensino-aprendizagem. A prática da facilitação de cursos é perpassada pela Educação Permanente, por se tratar de um lócus privilegiado de partilha de experiências, onde os usuários são provocados a refletir sobre sua própria realidade e processo de trabalho, por considerarmos os saberes que emergem da aprendizagem significativa que cada um traz consigo, e por fim, que o curso tenha sentido de mudança para a melhoria da qualidade da atenção à saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante de nossa vivência, nos vimos como educandos e agentes da construção do nosso processo de trabalho. Apontamos e defendemos a necessidade da conexão entre o mundo do trabalho, processos de Educação Permanente e as novas tecnologias de informação e comunicação como um dos grandes desafios a serem enfrentados para a gestão do trabalho e da educação na saúde para o futuro do SUS.

Palavras-chave


Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde; Educação Permanente; Facilitação; Comunidade de Práticas

Referências