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RISCOS GERENCIADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
INTRODUÇÃO: Gerenciamento de riscos é o objeto de estudo de várias áreas do conhecimento e, na saúde, esta ferramenta de gestão visa prevenção de erros, monitoramento de eventos originários do uso de produtos da saúde e dos processos assistenciais de cuidado, promovendo maior segurança ao paciente. A qualidade do cuidado requer maior segurança aos pacientes e identificação precoce de circunstâncias que os expõem a situação de risco. O estudo objetivou evidenciar quais os riscos clínicos assistenciais gerenciados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Metodologia: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo, realizado a partir da análise de quarenta prontuários de pacientes que foram internados na unidade de terapia intensiva do Hospital Regional do Baixo Amazonas, no período de janeiro a junho de 2012. Os dados foram tabulados e analisados com auxílio do Microsoft Excel 2011. Resultados: Dos 40 prontuários analisados, observou-se que o tempo de permanência no hospital variava de 01-05 dias (55,3%), 06-10 dias (30,3%), 11-15 dias (7,2%) e mais de 15 dias (7,2%); os diagnósticos médicos mais prevalentes eram oncológicos (24,4%), pós-operatório imediato (17,1%), outros (14,6%), acidente vascular cerebral (12,2%), trauma (12,2%), septicemia (7,3%), cardiopatia (7,3%), insuficiência renal (4,9%); no que se refere a Escala de Coma de Glasgow os pacientes estavam classificados como leve (5,0%), moderado (7,5%), grave (10,0%) e outros sem avaliação do nível de consciência (77,5%). Verificou-se que os riscos clínicos assistenciais gerenciados na unidade de terapia intensiva são: risco para infecção, que apareceu em 100,0% dos registros; risco de queda 97,5%; risco de úlcera por pressão 65,0%; risco de lesão de pele 62,5% e 57,5% continham risco de broncoaspiração. Os riscos para infecção e para queda foram mais evidenciados devido às características dos pacientes deste setor hospitalar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Gerenciar riscos permite avaliação dos indicadores de qualidade de assistência, contribuindo para prevenção e/ou controle dos riscos no processo do cuidado, garantindo uma melhor assistência beneficiando o usuário. Essas estratégias potencializam a promoção em saúde na alta complexidade, otimiza a recuperação dos pacientes, reduzem custos financeiros ao hospital e, consequentemente, fortalecem o Sistema Único de Saúde.
Palavras-chave
Gerenciamento de riscos, Enfermagem, Qualidade
Referências
Feldman LB, Gatto MAF, Cunha ICKO. História da evolução da qualidade hospitalar: dos padrões aacreditação. Acta Paul Enferm. 2005;18(2):213-9.