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APRESENTAÇÃO: A educação em saúde configura-se em uma das principais estratégias para viabilizar a promoção da saúde na atenção aos pacientes. Prezando pela prevenção, envolve a participação dos profissionais da unidade e a população, evidenciando e contextualizando as necessidades que emergem da comunidade. Dessa forma, essa estratégia não segue uma lógica verticalizada de transmissão de conhecimento, mas sim, a construção do mesmo. A equipe de saúde deve se preocupar com a organização dos processos educativos, na divulgação de fatores de risco, orientação e sensibilização dos modelos comportamentais e de hábitos saudáveis. A fim de proporcionar autonomia para o autocuidado e o autoexame na detecção precoce do câncer de mama, oportunizando a aquisição de conhecimento prévio para a discussão sobre a temática com as mulheres. Uma questão importante é conhecer a percepção das mulheres frente ao risco do câncer de mama, quanto a gravidade da doença, o tratamento e principalmente, a detecção precoce. De forma a auxiliar na organização e implementação da assistência prestada, adequando a realidade de cada mulher, no que tange a educação em saúde. Portanto, o empoderamento do sujeito para seu autocuidado facilita a detecção precoce que configura-se a principal estratégia para o controle dessa doença, realizando por meio do exame clínico das mamas de mulheres em idade fértil até após a menopausa. Desta forma, o objetivo desse estudo é conhecer a importância da educação em saúde na Estratégia de Saúde da Família para a prevenção do câncer de mama. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Essa é uma pesquisa de revisão de literatura, de cunho descritivo e abordagem qualitativa, embasada no questionamento: o que vem sendo publicado na literatura sobre a importância da educação em saúde na Estratégia de Saúde da Família para a prevenção do câncer de mama? Para a construção do estudo foram realizadas buscas na Biblioteca Virtual de Saúde em agosto de 2014. A busca dos estudos teve início com a definição dos descritores a serem pesquisados, como: “educação em saúde”, “câncer de mama”, “neoplasias de mama”, “prevenção”. Definidos os critérios de inclusão: artigos completos, em português e ano de publicação entre 2008 e 2013. Sendo os critérios de exclusão: artigos que não abordavam a temática segundo o objetivo do estudo. Com os descritores isolados e a união deles, foram encontrados 2.032 artigos, porém, com base nos critérios de inclusão e de exclusão foram selecionados 07 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Na análise dos artigos sobre a temática percebeu-se que a educação em saúde ainda ocorre de maneira falha. Na busca de informações para elaboração de um manual educativo foi detectado que as pacientes carecem de informações sobre a cirurgia, destacando a importância das informações acerca dos riscos e benefícios de cada caso. Apesar da existência de Lei garantindo a cirurgia reparadora dos seios, esta é uma informação que não é divulgada para a maioria das mulheres. Dessa forma, foi percebida em estudo a deficiência na promoção da saúde, na mobilização e sensibilização da comunidade sobre o câncer, além de despreparo dos profissionais de saúde em relação ao melhor período para a realização do exame clínico das mamas e a idade recomendável para a solicitação da mamografia. Destacam também a necessidade de informações sobre os cuidados no pós-cirúrgico e acerca da reabilitação. Em estudo foi observado que a educação em saúde viabilizou aos adolescentes o conhecimento do corpo, informações sobre o risco do câncer de mama, a técnica do autoexame e a propagação deste conhecimento aos familiares. Outro fator importante destacado foi a educação em saúde para os familiares, pois, estes serão o apoio para o enfrentamento da patologia. Sendo relevante ressaltar que em estudo foi encontrado que 27% da amostra dos familiares não conheciam fatores de risco para a doença, reforçando a importância da integração da família na educação em saúde. Também foi evidenciado a baixa prevalência do exame clínico das mamas no atendimento de pré-natal pelos profissionais. E, estudo destaca como estratégia para a promoção da saúde o uso de manual educativo para o autocuidado da mulher mastectomizada, trazendo a importância para os profissionais realizarem a promoção em saúde com mais eficácia. CONCLUSÃO: A educação em saúde configura-se como uma importante estratégia de sensibilização dos usurários, porém, ainda ocorre de maneira falha na Estratégia de Saúde da Família. É necessário que os profissionais estejam motivados na busca da qualificação através da educação permanente, para garantir-lhes reflexão sobre seu processo de trabalho perante as demandas da prevenção do câncer de mama. É importante também que as atividades de prevenção e promoção da saúde, por meio da educação em saúde envolvam os familiares, visto que estes são as pessoas próximas do paciente que apoiarão e prestarão os cuidados necessários ao familiar acometido pela patologia. Assim, a educação em saúde exige um processo contínuo e os profissionais de saúde devem refletir sobre a sensibilização individual e em grupo necessária aos pacientes empoderando-o e dando autonomia para que estes possam apropriar-se do autocuidado.

Educação em Saúde; Câncer de mama; Prevenção.