Tamanho da fonte: 

APRESENTAÇÃO: Os profissionais de saúde devem buscar um entendimento expandido do processo saúde-doença, com enfoque integral no paciente, uma vez que esse indivíduo possui uma historicidade singular, conhecimentos múltiplos e  passível de escolhas. As ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação devem estar integradas às práticas de saúde e cuidado desses profissionais. Essas ações tornam-se cada vez mais necessárias, uma vez que a violência urbana cresce nas cidades associada ao uso de drogas lícitas e ilícitas, um problema de saúde pública, que acarreta o aparecimento de doenças e complicações provindas de traumas e lesões decorrentes de causas externas, como o Trauma Crânio Encefálico (TCE),  que desencadeia sequelas, que alteram o desempenho das vítimas em determinadas funções físicas e psíquicas. O objetivo desse resumo é relatar como o papel do cuidador é fundamental no Plano Terapêutico Singular (PTS), baseado na construção de vínculos e educação em saúde de um paciente, vítima de TCE. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A vivência de ensino aprendizagem nos cenários de prática da disciplina Saúde e Cidadania foram realizadas no bairro São Conrado no Município de Campo Grande/MS, pelas acadêmicas do 5° semestre de Fisioterapia - UFMS.  Os atendimentos foram realizados uma vez por semana no período da manhã, onde o paciente em questão encontrava-se acamado, vítima de Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), no qual o trauma deu-se devido ao contexto do uso de drogas ilícitas aliadas a violência urbana. A terapia iniciou com: orientações de posicionamento no leito para prevenir o desenvolvimento de má postura da cuidadora e paciente, adaptação do ambiente e exercícios terapêuticos. Buscou-se construir vínculos com a família, pois para a eficácia da terapia, era necessário que o paciente fizesse exercícios propostos pelas acadêmicas duas vezes ao dia e adotasse algumas mudanças de hábitos, conforme seu consentimento e entendimento. IMPACTOS: Elaborar um Plano Terapêutico Singular (PTS) foi desafiador as alunas, pois, compreender a conexão da família com o paciente, a influência da cuidadora sobre o paciente, igualmente, a dele sobre ela, a historicidade, as necessidades do usuário e o contexto de inserção do mesmo na sociedade, revelaram como o ato de cuidar propõem transformações na vida de quem cuida e quais consequências isso pode acarretar para a família. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi satisfatório para as acadêmicas observar a evolução do paciente durante as sessões. Concluindo que a vivência proporcionou oportunidades de compreender o ato de cuidar, de quão ele está presente na evolução da terapia, não como uma simples ferramenta de auxílio, mas como o impulsionador de um indivíduo que recebe esse cuidado, porém  luta para se restabelecer em todos os campos e compreender-se como ator principal da sua história. 

educação em saúde- cuidado- fisioterapia