Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOÁTIVAS ENTRE ADOLESCENTES ESCOLARES: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PESQUISA NACIONAL DA SAÚDE ESCOLAR (PENSE 2009-2012)
Caroline Soares Soares Nobre, July Grassiely de Oliveira Branco, Ceci Vilar Noronha

Última alteração: 2015-11-04

Resumo


O uso de substâncias psicoativas têm se mostrado um grave problema de saúde pública. Ao voltarmos os olhares ao público adolescente, estudos nos mostram que de uma forma geral os adolescentes são vulneráveis à ação de drogas, devido a processos fisiológicos decorrentes a idade. Este trabalho tem por objetivo analisar comparativamente o uso de crack entre escolares, tendo como base a pesquisa nacional de saúde escolar dos anos de 2009 e 2012.  Realizou-se um estudo de observação predominantemente descritivo, de tendência temporal, sendo realizada análise espaço-temporal da taxa de uso de substâncias psicoativas por adolescentes escolares do 9º ano do Ensino Fundamental no Brasil. O estudo utilizou dados secundários da Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PeNSE). A escolha do período (2009 a 2012) deu-se em virtude da realização da pesquisa nestes dois anos. A investigação busca apresentar a situação do Brasil de forma global, cujos dados serão comparados entre as capitais e sexo em relação ao uso de drogas.  No ano de 2009 o uso de substâncias psicoativas em escolares do 9º ano do Ensino Fundamental, que relataram terem feito uso de drogas alguma vez na vida se apresentada na ordem de 13,2 % Curitiba (12,1% feminino, 14,3% masculino), 11% no Recife (8,1% feminino, 14,3% masculino), 10,8% Belo Horizonte (9,0% Feminino e 12,7% masculino), 10,3% em João Pessoa (7,1% feminino e 14,1% masculinos) e Natal (8,4%feminino e 12,4% masculino). No ano de 2012 tivemos 17,5% Florianópolis (18,1% feminino e 16,9% masculino), 14,4% Curitiba (14,8 feminino e 14,0 masculino), 14,1% Distrito Federal (14,0% feminino 14,1% masculino), 13,2% Vitória (12,0% feminino e 14,3% masculino) e 12,0% Porto Alegre (13,1% feminino e 10,8% masculino). Os dados levantados em 2009 retratam que 8,7% dos escolares já entraram em contato com alguma droga ilícita, ou seja, maconha, cocaína, crack, cola, “loló”, lança perfume e ectasy. Já em 2012 o percentual foi 7,3% dos escolares, o que nos leva a crer na diminuição no contato com as substâncias psicoativas supracitadas, apesar do aumento em capitais até então não citadas entre as cinco primeiras com elevados índices no ano de 2009. No entanto, durante a pesquisa do ano de 2009 percebe-se uma predominância das capitais da região nordeste com alta porcentagem de escolares que já usaram drogas e Curitiba continuando entre as primeiras capitais com o maior percentual. Esta realidade no ano de 2012 se modifica para região Centro-Oeste e permanece na Região Sul com a cidade de Curitiba e a chegada da cidade de Florianópolis sendo a cidade com maior índice. No que tange ao sexo apesar dos homens aparecerem com maior percentual, percebe um crescimento significativo entre as mulheres no ano de 2012, chegando ao referido percentual, ser maior em algumas regiões do Brasil. Frente aos dados levantados surge a necessidade da implementação de ações de combate ao uso de substâncias psicoativas no âmbito escolar com inserção na matriz curricular. Bem como, políticas públicas voltadas para adolescentes com práticas educativas com intuito de conscientização sobre os malefícios do uso de drogas.

Palavras-chave


Drogas ilícitas; Adolescentes; Saúde Escolar

Referências


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/pense/default.shtm (acessado em 10/ Jan/2010)

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012. http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv64436.pdf