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Colocando em prática a educação, promoção da saúde em uma intervenção no curso da Saúde Coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Última alteração: 2015-10-27
Resumo
No sexto semestre do curso de bacharelado em Saúde coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tivemos a oportunidade de planejar uma intervenção de educação e promoção da saúde na casa de acolhimento Quero-quero em Porto Alegre, que abriga adolescentes de 12 a 18 anos de idade, que foram afastados do seu ambiente familiar por medidas de proteção a indivíduos em situação de vulnerabilidade social e risco social, em diferentes níveis de proteção e/ou através de medidas socioeducativas por terem cometido infrações ou delitos (encaminhados através do Plantão do Foro Central e da Justiça da Infância). A atividade foi proposta na Unidade de Produção Pedagógica de Promoção da Saúde ministrada pelo Prof. Dr. Ricardo Burg Ceccim. Fizemos uma visita na casa de passagem para conhecer o território e ter um primeiro contado com os meninos. A experiência no início foi bem difícil pelo fato dos meninos estarem muito agitados, então tivemos a ideia de fazer um jogo de perguntas para tentar atrair a atenção deles. Num primeiro momento não teve nenhuma adesão, mas conforme fomos fazendo a atividade entre nós, eles mostraram interesse e participaram junto. Através dessa primeira atividade conseguimos obter informações para planejar a intervenção a partir das ideias que eles deram. Vimos que havia interesses diferentes: dança, batalha de funk, desenho... Um dos estudantes, que é praticante de jiu-jitsu, começou a conversar com os meninos sobre artes marciais e observamos que eles ficaram interessados em fazer uma “aula-demonstração”. Então decidimos nos dividir em pequenos grupos e organizar as atividades para atender a todos os gostos dos meninos colocando em prática os valores da educação e promoção da saúde agregados durante as aulas. As atividades que escolhemos fazer foram: aula de jiu-jitsu, música/dança, desenho e jogos de tabuleiro educativos. Observamos que através das diferentes atividades que realizamos com os meninos, conseguimos levar até eles a reflexão sobre saúde, educação, ética e valores humanos. Trabalhar com populações vulneráveis é um desafio e para nós futuros Sanitaristas foi muito importante ter essa experiência de ir até um território, reconhecer, planejar e colocar em prática junto com as atividades o que aprendemos em aula.
Palavras-chave
Promoção da saúde, intervenção, educação
Referências
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
FONSECA, Cláudia, et al; Estrutura e Composição dos Abrigos para Crianças e Adolescentes em Porto Alegre. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/naci/ Documentos/Relatorio_Naci_CMDCA_ abrigos Porto_Alegre.pdf>. Acesso em: 01 de outubro de 2015.
PREFEITURA Municipal de Porto Alegre. Fasc qualifica atendimento para crianças e adolescentes. Disponível em: <http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/ prefpoa/fasc/usu_doc/projetocasalarfinal.pdf>. Acesso em: 02 de outubro de 2015.