Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO FORTALECIMENTO DA EQUIDADE EM FAMÍLIAS URBANAS
Vanderléia Laodete Pulga, Kelli Luiza Daron, Iury Daron, Iago Daron, José Clademir Daron

Última alteração: 2015-11-11

Resumo


APRESENTAÇÃO: Apresenta a reflexão sobre a experiência educação popular em saúde; no fortalecimento da equidade desenvolvida em Passo Fundo/RS pela Associação Instituto Cultural e Educacional Paulo Freire (ICEPAF) em conjunto com movimentos sociais populares urbanos, de mulheres e de camponeses (as) e da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (ANEPS); a fim de promover a saúde e a equidade de famílias urbanas em situação de vulnerabilidade social, articulando a saúde com a alimentação e o direito à cidade. DESENVOLVIMENTO: A experiência se desenvolveu em 22 bairros da periferia urbana de Passo Fundo/RS Brasil com mais de 200 famílias urbanas (catadoras, sem teto, trabalhadoras urbanas, negras, em vilas, becos, enfrentando as dificuldades de acesso ao direito à cidade aos pobres, à miséria, fome, desnutrição, violência, o tráfico de drogas, dentre outros. As cidades (dentre elas Passo Fundo/RS) foram crescendo de forma desordenada, produzindo duas realidades: uma cidade com toda infraestrutura para alguns e a outra com moradias inadequadas, sem infraestrutura urbana onde se concentra a grande maioria da população nas periferias das cidades. Os impactos deste desenvolvimento são visíveis na saúde da população que adoece a cada dia, aumentando as fileiras do SUS. O trabalho de promoção da saúde e da equidade realizou-se com as famílias através de oficinas, encontros, rodas de formação e atividades de formação sobre saúde, alimentação saudável, produção de hortas urbanas, saúde e violência, dentre outras. RESULTADOS: A atenção integral à saúde dessas populações tem grandes desafios. A articulação do trabalho de promoção à saúde com os grupos organizados dessas comunidades e com as políticas públicas de saúde, de produção de alimentos, de educação e de assistência social foi determinante para que essas famílias buscassem o protagonismo e alternativas de promoção da saúde, da vida e da cidadania. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse processo possibilitou a criação de hortas urbanas junto às famílias que deixaram de comer a comida do lixo para produzir seu próprio alimento. Além disso, a organização de alternativas de geração de trabalho e renda com artesanato, iniciativas comuns de trabalho, cuidado com a saúde das crianças e da família, participação nas conferências e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e das políticas públicas intersetoriais.