Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Mulheres de Engenho: Experiência de uma ação interdisciplinar em saúde na comunidade rural de Cachoerinha do município Vitória de Santo Antão - PE
Daniele Felix de Melo Silva, Isabela Alves de Sousa, Gabriel Henrique de Lima, Arthur Felipe de Souza, Leandra Albuquerque da Silva, Maria Gabrielly da Silva Luz, Rosikelle Josefa de Morais, Raphael Alves de Melo Dantas

Última alteração: 2015-11-04

Resumo


APRESENTAÇÃO: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher visa desenvolver políticas públicas de forma integrada nos diversos níveis do sistema de saúde, buscando atenção humanizada, melhoria na qualidade das condições de vida, ampliação do acesso e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde. Esta Política também inclui à valorização da mulher trabalhadora e a igualdade dos direitos na divisão dos trabalhos a fim de combater problemas decorrentes de práticas que viabilizam o processo sobre a participação social, política democrática e igualitária, de mulheres e homens. Que tem por objetivo relatar a experiência da vivência dos estudantes dos cursos de saúde e linguagens da Universidade Federal de Pernambuco, do Centro Acadêmico de Vitória (UFPE-CAV) que participaram de uma ação interdisciplinar em saúde na comunidade rural de Cachoeirinha no Município da Vitória de Santo Antão - PE. DESENVOLVIMENTO: Foi realizada uma ação de promoção da saúde pelos estudantes da UFPE – CAV, dos cursos de Enfermagem, Nutrição, Saúde Coletiva, Educação Física e Ciências Biológicas, em parceria com as Secretaria de Educação e Saúde da Vitória de Santo Antão. Foram executadas ações de promoção à Saúde na comunidade, tais como: Verificação do índice de massa corpórea, rodas de conversa sobre o câncer de mama, reutilização de alimentos, dinâmicas e entretenimentos sobre autoestima, danças culturais, alongamentos e práticas alternativas de atividade física. A ação aconteceu em um único dia na comunidade. Estavam presentes nesta ação aproximadamente 40 mulheres da comunidade, que participaram ativamente das 4 horas de atividades ministradas pelos envolvidos na ação, o local utilizado foi a escola municipal de ensino fundamental situada na própria comunidade, as metodologias aplicadas foram a nível global, no qual consistia liberdade de ação e opção de escolha das participantes durante as vivências no decorrer da intervenção.  RESULTADOS: Os serviços prestados pela Unidade Básica de Saúde (UBS) à comunidade de Cachoeirinha só ocorrem algumas vezes durante o mês, onde no mesmo não consta visitas de Agente Comunitário de Saúde (ACS), e as consultas medicas são realizadas trimestralmente tornando assim alarmante o descaso com esta comunidade na assistência à saúde. Nesta intervenção percebeu-se que, as participantes necessitam de mais informações e aperfeiçoamento dos conhecimentos já adquiridos. Pois, estas mulheres como disseminadoras do cuidado, visam à perspectiva da educação na promoção da saúde e o fortalecimento na comunidade e na região circunvizinha. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao trabalharmos na perspectiva multiprofissional, notamos um maior comprometimento por parte da equipe envolvida na busca de agregar nossos conhecimentos de maneira adequada e coesa, para assim transmitir nossas experiências respeitando sempre os saberes daquelas mulheres. Evidenciou-se que, com essa ação interdisciplinar a mulher em um contexto informacional tende a querer buscar por melhorias, mas que inúmeras vezes, por questões históricas e culturais impera o patriarcalismo, além de outros fatores, e acabam não conseguindo autonomia para lutar contra um fundamentalismo histórico de alarde opressor.

Palavras-chave


Interdisciplinar; Saúde da mulher; Saúde do trabalhador rural; Empoderamento; Promoção da saúde;

Referências


  1. BRASIL. Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher.  Brasília-DF, 2004. pág. 09-10.
  2. GOMES, Romeu; DESLANDES, Suely Ferreira. Interdisciplinaridade na Saúde Pública: um campo em construção. Rev. Latino-am. Enfermagem – Ribeirão Preto – v. 2 – n. 2 – p. 103-114 – Julho 1994.