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INTRODUÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), tem como pressuposto a inserção precoce dos acadêmicos nos cenários de prática, promovendo modificações na formação acadêmica, profissional e a integração ensino-serviço-comunidade. O grupo PET-Saúde Redes de Atenção à Saúde Indígena de Chapecó/SC tem produzido intervenções de educação em saúde envolvendo comunidades indígenas, nas quais todos os envolvidos no projeto tornam-se protagonistas no processo de promoção, proteção e recuperação da saúde. OBJETIVO: Relatar a experiência da intervenção desenvolvida pelo PET-Saúde Redes de Atenção à Saúde Indígena em uma comunidade indígena da região de Chapecó/SC. METODOLOGIA: Realizou-se uma atividade lúdica que consistia na distribuição de balões numerados que poderiam ser trocados durante uma coreografia e música. Após anotava-se o número de cada balão recebido e explicava-se que cada número representava alguma Doença Sexualmente Transmissível (DST) ou gestação. Informou-se o modo de transmissão, consequências futuras e a importância do uso do preservativo, enfatizando que dependia da escolha de cada um o uso. Para explicitar as doenças foram entregues folders com imagens de DSTs para trabalhar a importância do sexo seguro. RESULTADOS: A dinâmica desenvolvida facilitou a troca de informações, bem como a aceitação do grupo. Observaram-se divergências comportamentais nos grupos: as meninas mostraram-se mais ativas na atividade, realizando a coreografia e trocando os balões, bem como mais curiosas com as imagens e as doenças nelas representadas. Os meninos apresentaram-se com maior seriedade, principalmente no início da dinâmica. Entretanto, ao final da dinâmica o interesse foi aumentando e podem-se perceber expressões de surpresa e aversão ao deparar-se com a realidade demonstrada nas fotos. Nesse processo de experiência e investigação, aprendemos enquanto grupo a olhar a questão indígena como fonte de novas perspectivas e passível de mais auxílios. CONCLUSÃO: Com embasamento nas experiências vivenciadas durante a intervenção proposta pelo PET-Saúde, conseguimos não somente informar crianças e adolescentes sobre a importância da prevenção das DST, gravidez na adolescência e do uso do preservativo, mas também apreendemos muito, uma vez que se substituíram os mitos pela realidade de um povo, de uma cultura. Percebemos a importância do uso de práticas pedagógicas alternativas, trabalho multiprofissional e em equipe.

Educação em Saúde; Doenças Sexualmente Transmissíveis; PET-Saúde