Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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HÁBITOS ALIMENTARES APÓS DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM MULHERES USUÁRIAS DO SUS
JULIANA MARA FLORES BICALHO, Gil Sevalho, Eliete Albano, Heuler Souza Andrade

Última alteração: 2016-01-06

Resumo


APRESENTAÇÃO: Nas últimas décadas a importância do Diabetes Mellitus (DM) vem crescendo devido ao aumento exponencial de sua prevalência e pelo seu impacto social e econômico. A orientação nutricional e o estabelecimento de dieta para controle, em associação com a mudança de hábitos de vida, incluindo atividade física, são consideradas terapias de primeira escolha. Os objetivos do plano terapêutico são o controle glicêmico com a prevenção das complicações agudas por meio da adoção de comportamentos e hábitos adequados, além da prevenção das complicações crônicas do diabetes. Entretanto, a dificuldade das pessoas em seguir a dieta soma-se à difícil convivência com a doença. É estimado que 40% dos indivíduos diabéticos tipo 2 poderiam conseguir o controle metabólico apenas com dieta apropriada. Mudanças positivas nos modos de vida, quando realizadas, são efetivas na prevenção e controle do diabetes tipo 2. Além da melhora no controle glicêmico é relevante considerar-se os aspectos psicológicos, sociais e culturais do viver dos pacientes, para que se possa obter uma adesão mais efetiva ao tratamento medicamentoso e às mudanças de hábitos de vida, gerando uma melhor convivência com a doença.   DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este estudo tem por objetivo investigar a percepção de mulheres diabéticas tipo 2 quanto à mudança de hábitos alimentares após o diagnóstico. Trata-se de um estudo descritivo com enfoque qualitativo que implica na construção, elaboração e envolvimento do pesquisador no universo pesquisado. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado a entrevista semiestruturada. Após a transcrição integral das entrevistas realizadas, iniciou-se a análise dos dados obtidos por meio da análise de conteúdo buscando o conhecimento da concepção das usuárias diabéticas relacionadas à alimentação e sua patologia.   RESULTADOS: Os resultados do estudo apontaram quatro eixos temáticos principais subdivididos em categorias: “Estou diabética!”; Mudanças após o diagnóstico do diabetes; Tratamento do diabetes e Relação entre estado emocional e a doença. Embora a adesão ao tratamento dependa da absorção da informação, o conhecimento ou informação sobre a doença não funciona por si só como indicador da adesão ao tratamento. Apenas oferecer informações não é suficiente para a instalação das mudanças alimentares.   CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfoque da abordagem educativa não deve se restringir apenas à transmissão de conhecimentos. É importante englobar também aspectos subjetivos e emocionais que influenciam na adesão do tratamento. As propostas de programas educativos em diabetes devem ser baseadas na troca de saberes, construídos a partir do conhecimento do educando, promovendo intercâmbio entre o saber científico do Diabetes Melito, Hábitos Alimentares e mulheres visando maior interação e sucesso destes programas e consequentemente maior adesão ao tratamento.

Palavras-chave


Diabetes Melito, Hábitos Alimentares, Mulheres.