Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Promoção de passeios a usuários de um Serviço Residencial Terapêutico na estratégia de reinserção social
Neusa Beatriz Barcelos de Farias, Salete Paula de Moura Bre, Carina Lima Ferreira, Bibiana de Oliveira Pavim, Luciana Barcelos Teixeira

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


Usuários adultos egressos de longas internações psiquiátricas necessitam de atenção integral em saúde para a sua reinserção social. Nesse contexto, o Serviço Residencial Terapêutico Nova Vida (SRT) de Porto Alegre é um serviço da Secretaria Municipal de Saúde que acolhe esses usuários em sofrimento psíquico, oferecendo uma moradia de caráter temporário com o objetivo de promover autonomia e independência para a adaptação pós tratamento psiquiátrico. Para potencializar a autonomia dos usuários deste serviço e, consequentemente, facilitar a reinserção social, vimos a necessidade de criar espaços que possibilitassem a promoção do cuidado para além dos limites da casa. Deste modo, em parceria com a coordenação do SRT, nosso trabalho consistiu em promover passeios aos moradores desse serviço terapêutico. Para a realização dos passeios, foram realizadas assembleias com os usuários em que eles puderam manifestar sua autonomia através da escolha dos lugares que gostariam de visitar. Após a assembleia, a equipe se reuniu para definir as datas dos passeios e contatou ao LABIN (Laboratório de Integração Universidade e Sistema Locorregional de Saúde) que em parceria com o CoorSaúde - UFRGS (Coordenadoria da Saúde – Universidade Federal do Rio Grande do Sul) disponibilizou o transporte dos moradores, dos servidores e da equipe responsável pela realização do trabalho. O projeto proporcionou uma boa interação entre moradores e trabalhadores, conhecimento de outras realidades, construção de novos objetivos, convivência com novas pessoas e, além disso, tornaram os momentos de lazer uma ação de promoção de cuidado. Foi notável a melhora do estado de espírito dos usuários, principalmente pelo passeio ter desviado a atenção da doença e ter proporcionado a motivação para o recomeço. Em princípio, não pudemos mensurar a efetividade em longo prazo de nossas ações na vida do morador. Futuramente, com o fortalecimento do vínculo terapêutico dos usuários para com o serviço, poderemos observar o impacto que o nosso trabalho gerou na qualidade de vida de cada um.