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Neste trabalho procuramos apontar alguns encontros produtivos entre instituição de ensino e serviços de saúde a partir da implantação dos Programas de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET Saúde) (2008- 2015) realizado em parceria entre os cursos de Fonoaudiologia, Psicologia e Serviço Social da PUC-SP com a Supervisão Técnica Fó/Brasilândia da Coordenadoria Norte da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, bem como os tensionamentos e desafios derivados desse processo. Tal balanço toma como base os processos de autoavaliação e avaliação realizada coletivamente pela universidade e serviços em diferentes momentos e contextos ao longo do percurso de desenvolvimento dos Programas e apoia-se nos registros de reuniões, relatórios de atividades dos seus diferentes atores e relatórios de avaliação, e na produção de artigos e textos desta experiência que resultaram na organização de um livro. Faremos inicialmente uma apresentação do contexto singular em que tal experiência se inscreve e dos dispositivos forjados no início do Projeto (cogestão do planejamento, acompanhamento e avaliação; eixo da territorialização articulando estágios e projetos; apoio à formação permanente e à produção científica dos serviços) evidenciando as ferramentas produtivas forjadas neste fazer “integrado” entre serviços e IES que se pode depreender do conjunto de textos produzidos por estudantes, gestores, professores e profissionais. A concentração de parte da formação dos cursos em um território pré-definido e acordado com a região de saúde tem propiciado um processo de integração entre disciplinas e estágios dos diferentes cursos, tem intensificado a prática da problematização e aprimorado os modos de inserção/articulação da universidade nos serviços e o planejamento das ações entre as unidade/academia  Nesta abertura, vemos operar um trabalho cogestionário e em rede que se afirma como uma ampliação do grau de transversalidade das partes envolvidas. Por outro lado, cabe ainda uma reflexão sobre as condições de trabalho que a demanda da intercessão ensino serviço traz para o cotidiano dessa prática bem como sobre os tensionamentos que nos ajudam a recolocar novos desafios para a construção (permanente) do SUS.  

formação; integração ensino-serviço; educação pelo trabalho em saúde