Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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NATIMORTALIDADE POR SÍFILIS CONGÊNITA EM CAXIAS DO SUL – RS, 2010-2014: A EXPERIÊNCIA DA INSERÇÃO DE ACADÊMICOS NO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO DE CASOS
Marcos Frata Rihl, Nickolle Lorandi Pasche, Vitória Flores Culau Merlo, Lisa Wu Yei Yum, Suzete Marchetto Claus, Dino Roberto Soares de Lorenzi, Silvana Brondani Vargas, Ariane Carolina Lazzari Baccarin

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: A sífilis é uma afecção de transmissão sexual, acometendo cerca de 3,5% das gestantes brasileiras segundo o Ministério da Saúde, com taxas de mortalidade perinatal ao redor de 40%. O objetivo é relatar a experiência de inserção dos acadêmicos de medicina no processo de investigação da sífilis congênita associada a óbito fetal em uma cidade de médio porte da região Sul do Brasil. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Os acadêmicos conjuntamente com tutores do PROPET Saúde UCS, foram inseridos em uma investigação de base populacional de todos os casos de natimortalidade (óbito fetal com peso = 500 gramas ou 22 semanas de gravidez) ocorridos em Caxias do Sul, RS, nos anos de 2010 a 2014, cuja causa básica de óbito foi sífilis congênita (SC). Os casos foram identificados por acadêmicos no banco de dados sistematizados no Núcleo de Saúde da Mulher do município. Resultados: Entre 2011 e 2014, foram registrados em Caxias do Sul, 30 casos de natimortalidade por SC (em média 7,5 casos/ano0. O coeficiente de natimortalidade médio nesse período foi de 1,19 casos/1000 nascidos vivos. A maioria dos casos eram gestantes de 20 a 29 anos (46,6%), sendo que 30,0% adolescentes (< 20 anos). A escolaridade materna foi inferior a oito anos completos de estudo em 40%. Doze gestantes (40%) tinham um companheiro fixo. A maioria dos casos (93,4%) ocorreu no SUS e 6,6% na Saúde Suplementar. Em 40% não houve qualquer acompanhamento pré-natal. Cerca de 56,7% dos natimortos eram prematuros (<37 semanas) e 97,7% tinham menos de 2.500 gramas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevalência de sífilis congênita se mostra elevada em Caxias do Sul, com impacto negativo no resultado perinatal, em particular no SUS. A experiência deste estudo permite considerar que acadêmicos podem se inserir no processo de investigação da sífilis congênita, e contribuir com informações para qualificar as políticas públicas.

Palavras-chave


Sífilis congênita; Educação médica; Pesquisa.