Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Elaboração de relatório sobre resolutividade para as equipes participantes do PMAQ
Thais Alessa Leite, Aliadne Castorina Soares de Sousa, Pauline Cristine Cavalcanti

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: Com o intuito de elaborar análises mais qualitativas sobre os dados coletados no 2º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) e subsidiar gestores e equipes na organização do trabalho na Atenção Básica, foram desenvolvidos relatórios analíticos. O objetivo desse trabalho é descrever o processo de elaboração do relatório sobre resolutividade e oferta de ações pelas equipes e destacar os achados mais relevantes. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Ao finalizar o 2º ciclo do programa, observou-se a necessidade de aprimorar a forma de divulgação dos dados para as equipes e gestores da Atenção Básica. Além de disponibilizar informações descritivas sobre a participação de cada município no programa (com dados sobre número de equipes participantes, certificação das mesmas, desempenho nos indicadores de saúde e subdimensões da avaliação externa), estruturaram-se grandes eixos para análise e discussão, considerando sua relevância para a efetivação da Atenção Básica. Ao elaborar o relatório analítico sobre resolutividade e oferta de ações pelas equipes, a equipe do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde considerou três eixos principais: capacidade clínica e de cuidado das equipes; uso de recursos tecnológicos e protocolos clínicos e de encaminhamento; oferta de ações pelas equipes. A partir desses eixos, selecionaram-se as principais variáveis do instrumento de avaliação externa relacionadas aos mesmos e recorreram-se à literatura, políticas e experiências que embasassem a discussão. RESULTADOS: Durante a análise dos resultados e elaboração do relatório observou-se que parte importante das equipes de atenção básica atuam de maneira focada em áreas estratégicas, conforme preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica anterior, de 2006. Apesar disso, quase a totalidade das equipes participa de ações de educação permanente e as ações dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família contribuem para a redução de encaminhamentos desnecessários. Ainda é preciso avançar na elaboração de protocolos com diretrizes de atenção e encaminhamento, avaliar o impacto e custo da incorporação de algumas tecnologias terapêuticas/diagnósticas e o uso de prontuário eletrônico. O relatório será disponibilizado no Portal do Gestor, do DAB. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atual Política Nacional de Atenção Básica preconiza que os serviços de saúde devem se organizar para assumir a função central de acolher e oferecer uma resposta positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou ainda se responsabilizar pela resposta, ainda que esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. Existem inúmeras ferramentas capazes de ampliar o escopo de atuação das equipes de Atenção Básica e dar suporte para a resolução e/ou acompanhamento de casos complexos. Tais ferramentas como telessaúde, protocolos de encaminhamento, diretrizes de atenção, prontuário eletrônico estão acessíveis, porém distribuídas de forma heterogênea no país. Outros investimentos em infraestrutura, equipamentos e medicamentos na Atenção Básica também possibilitam um aumento de resolutividade das equipes. Por fim, considerando que a maioria das equipes participa de momentos de educação permanente, é importante que essas atividades propiciem aos profissionais o aprimoramento constante de sua capacidade de análise das situações e de intervenção.

Palavras-chave


resolutividade; PMAQ; equipes de atenção básica