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A educação vista por outro olhar: a influência do movimento estudantil no compreender e no fazer saúde
Última alteração: 2015-10-27
Resumo
APRESENTAÇÃO: A educação é um processo presente em todas as fases da vida. No entanto, ela é repassada com objetividade, em um sistema vertical de aprendizagem professor-aluno, sem muitas possibilidades de abordagem ou contestação. Até que algo provoca um novo pensar e questionamentos surgem, trazendo consigo as primeiras inquietações. O objetivo deste relato é apontar o movimento estudantil na construção do pensar crítico do estudante da saúde. DESENVOLVIMENTO: A rotina dos estudantes consiste geralmente em assistir as aulas, voltar para casa, ler o que lhes foi ensinado e acreditar que o conteúdo é então aprendido. Dessa forma, o aluno recebe o conteúdo passivamente, não se comportando como protagonista no seu próprio processo de educação. Diversas entidades representativas e grupos de defesa por algum ideal compõem o movimento estudantil. Dentre eles, se destacam para este relato o centro acadêmico, o fórum acadêmico de saúde e o projeto VER-SUS Brasil. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: O impacto que esses movimentos causou foi à reconstrução de um pensar baseado em informações recebidas via lavagem cerebral, se fazendo, dessa vez, crítico. Foi possível a desconstrução do entendimento de saúde como simples ausência de doença, centrado meramente no modelo biomédico. Percebeu-se a importância também do saber popular, pois nenhum saber é maior que outro, mas que existem saberes diferentes e esses se somam. Foi possível entender que a mulher, o negro, e a comunidade LGBTT estão à margem da sociedade e precisam ter voz perante a ela. A pessoa com deficiência não deve ser chamada de “portadora” de deficiência, pois é algo que ela não tem como deixar de portar. Precisamos tratar diferentemente os diferentes para que tenham os mesmos direitos. A saúde é direito, não deve ser mercantilizada, diminuindo, dessa forma, a preocupação com sua eficiência. Devemos levar o conhecimento adquirido na universidade à comunidade e trazer a comunidade para usufruir do espaço da universidade. E por fim, que, ao pensar na comunidade, não pensemos em algo distante, mas em nós mesmos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O movimento estudantil acredita que a sala de aula não é o único local de aprendizado dentro da universidade e que a universidade não é o único local de aprendizado da juventude. Os estudantes precisam de mais oportunidades para aperfeiçoar o seu pensar crítico, pois não muito adianta possuir-se domínio sobre os conhecimentos da academia, ausentar-se da responsabilidade social com as pessoas. As pessoas precisam de profissionais que, mais do que saber sobre o cuidado, saibam como cuidar. Juventude com atitude pra defender a saúde.
Palavras-chave
educação; saúde; formação